Bola de Neve expande trabalhos na Rússia e já conta com dois templos

download (2) A igreja Bola de Neve já conta com dois templos na Rússia, um em Moscou e outro em Kursk, cerca de 500 quilômetros ao sul da capital russa. Em cada uma delas cerca de 80 pessoas se reúnem semanalmente para cultuar a Deus.

 

Se no Brasil o ministério fundado na década de 90 pelo apóstolo Rina é conhecido por ser a “igreja do surf”, na Rússia o esporte trabalhado é o futebol, uma vez que muitos dos frequentadores são jogadores profissionais que jogam em times russo.

 

“Toda Bola de Neve estimula um esporte. No nosso caso, esse é o futebol “, disse o pastor Felipe Sestaro, o responsável pela igreja de Moscou. Outra diferença entre a igreja do Brasil e a da Rússia é que a tradicional prancha de surf que serve como púlpito foi trocado por uma prancha de snowboard.

 

Felipe tem 33 anos e está há dez anos pregando na Rússia quando se mudou do Brasil para estudar medicina. “Vim para a Rússia atendendo a um chamado para ser missionário. A maneira que eu encontrei para fazer isso foi estudando medicina para poder ter visto e permanecer no país”, disse ele ao jornal Gazeta Russa.

 

Sestaro começou a pregar e alugou uma garagem feita de contêineres de metal chamada de “rakushka”, mas logo precisou mudar o local da pequena igreja que se formava, passando a pregar no alojamento universitário onde morava.

 

“De lá fomos para um hotel, e daí para a sede que alugamos hoje, onde nos reunimos todos os dias”, relata. Hoje a igreja está no porão de um condomínio de luxo na zona sul da cidade.
Os frequentadores da Bola de Neve na Rússia são brasileiros, angolanos, moçambicanos, nigerianos, colombianos, costa-riquenhos e alguns russos.
Os russos consideram qualquer outra igreja cristã que não seja a Ortodoxa como seita, algo que atrapalha e muito a evangelização dos nativos. Já os estrangeiros que moram na Rússia encontram na igreja a possibilidade de fazer amizades, algo que nas escolas e universidades é muito difícil.

 

“No Brasil, na América Latina e em muitos países europeus por onde já passei pude sentir que se inserir nas comunidades locais foi bem mais fácil do que na Rússia. Demorei um ano e meio para quebrar a barreira inicial dos meus colegas de faculdade russos”, relatou Luiza Ferreira, 27 anos, que se formou em Relações Internacionais na Universidade Russa da Amizade dos Povos.

 

A filial da Bola de Neve em Kursk tem dois anos, ali os trabalhos são liderados por Daniel Oliveira, que saiu de Moscou para estudar na cidade. As pregações começaram no quarto de alojamento universitário e hoje já conta com 60 pessoas que se reúnem em um espaço alugado especialmente para os cultos.

 

Para janeiro a igreja de Kursk receberá um novo pastor, um lutador de jiu-jitsu que se tornará responsável por acompanhar os fiéis e expandir a igreja. Como no Brasil, as igrejas Bola de Neve na Rússia também oferecem aulas de esportes, principalmente a de jiu-jitsu que atrai 50 pessoas em Moscou.

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