China obriga instalação de câmeras de vigilância em igrejas

Vários cristãos chineses que lutaram contra oficiais do Partido Comunista, que ordenaram que igrejas na província de Zhejiang instalassem câmeras de segurança, foram hospitalizados e estão sendo tratados com graves ferimentos.

 

O site South China Morning Post informou na última segunda-feira (3) que o governo ordenou a instalação do equipamento de vigilância em igrejas para promover o “antiterrorismo e a segurança”.

 

No entanto, os cristãos na cidade de Wenzhou, que se dizem ser próximo a 1 milhão, vêem isso como parte da contínua repressão do Partido Comunista ao cristianismo, juntamente com a campanha de remoção das cruzes dos telhados das igrejas.

 

“Funcionários do governo vieram às igrejas e montaram câmeras contra a vontade dos pastores e membros das igrejas. Alguns líderes que não concordaram com a mudança foram arrastados para longe”, disse um cristão em Wenzhou.

 

Os crentes temem que as câmeras sejam usadas para monitorar suas atividades. “Algumas pessoas precisaram ser tratadas no hospital depois de lutar contra os funcionários”, ressaltou ele.

 

Perseguição dos Cristãos

 

O pastor Yan Xiaojie ligou a ordem de instalar as câmeras com a campanha de demolições de cruzes, que começou em 2014. A China Aid, que tem relatado sobre a prisão e perseguição dos cristãos na China ao longo dos últimos anos, disse que as autoridades estão monitorando de perto como as igrejas respondem às novas ordens.

 

O grupo de vigilância disse que o governo também enviou um número crescente de agentes para igrejas que resistiram à campanha de remoção das cruzes. “Um cristão local disse que os membros da igreja questionaram por que eles precisavam de vigilância adicional, já que as igrejas já são monitoradas e policiadas pelo governo”, disse a China Aid.

 

“Algumas mulheres cristãs ficaram do lado de fora da igreja, temendo uma possível demolição, e foram apreendidas em suas resistências, liberadas assim que as câmeras foram instaladas”, noticiou. Os oficiais destruíram também a mesa de recepção da igreja e outras partes do edifício.

 

A Igreja de Shengai, no condado de Pingyang, em Wenzhou, é uma das igrejas que supostamente resistiu às ordens de instalar as câmeras, argumentando que o governo está violando a privacidade e perturbando os assuntos internos das organizações religiosas.

 

A igreja disse ainda que, apesar da insistência do governo de que as câmeras fazem parte dos esforços antiterroristas, não existe uma base legal para as ações, e que sem a permissão da igreja, para instalar equipamentos de vigilância, isso significa abuso de poder.

 

A China Aid ainda acrescentou em seu relatório anual sobre o estado de liberdade religiosa no país, afirmando que o governo se envolveu em atividades para forçar todas as religiões a “entregar-se à autoridade e liderança do Partido Comunista Chinês”.

 

GUIAME

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