Cirurgia das mamas recupera a saúde e devolve a autoestima

Operadas de Gigantomastia-fotos Jorge Magalh_es (1)As dores na coluna e o ardor nos ombros provocados pelo peso dos seios ficaram para trás na vida da lavradora Marinalva Silva, 49 anos. Os quase sete quilos das mamas que ela ficou livre após a cirurgia de gigantomastia (mama gigante) devolveu o sorriso e a trouxe de volta a vontade de viver.

 
Ao comemorar quase um mês de operada, ela já faz planos de retomar sua rotina no distrito de Maria Quitéria, onde reside, sem dores no corpo e sofrimentos na alma. Como Marinalva, mais 15 mulheres foram submetidas à cirurgia, neste ano, no Hospital Inácia Pinto dos Santos, o Hospital da Mulher. O procedimento foi totalmente gratuito e realizado com recurso do próprio município.

 

Além delas, outras mulheres já foram selecionadas e deverão ser operadas no próximo ano. A previsão é de duas cirurgias a cada mês para atender a demanda. Elas foram selecionadas de um total de 266 mulheres, que se enquadraram nos requisitos exigidos pelo Programa de Tratamento de Gigantomastia, que é pioneiro.

 

Para ter acesso a cirurgia são exigidos alguns critérios, como residir no município de Feira de Santana, possuir mais de 18 anos, que já tiveram filhos e com mais de 4 quilos de mama. A prioridade é para quem tem baixa renda.

 

A diretora-presidente da Fundação Hospitalar, Gilberte Lucas, observa que a procura pelo procedimento é grande. “Além de recuperar a saúde dessas mulheres, essa é uma cirurgia que devolve a autoestima das pacientes”, diz.

 

A gigantomastia é provocada por fatores hormonais, nutricionais, número de gravidez e acomete, principalmente, mulheres da pele na cor negra. “A mama gigante causa deformidade muscular e esquelética, alterações no ombro e na coluna, além de interferir no psicológico”, afirma o cirurgião plástico, Cesar Kelly.

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