Com mais uma derrota em casa, o Bahia caminha a passos largos para voltar à Série B em 2015

RTEmagicC_lomba_.jpgO final do jogo de ontem, em que o Bahia perdeu para o Palmeiras por 1×0, dentro da Fonte Nova, foi o retrato da situação tricolor. Confusão generalizada entre jogadores dentro de campo e clima de hostilidade contra a arbitragem nos vestiários.

 

Indignados com o pênalti ignorado pelo juiz Leandro Pedro Vuaden, atletas e até dirigentes partiram para uma chuva de xingamentos contra o trio de arbitragem. O Bahia, que já havia se perdido dentro de campo, se perdeu fora agora. Até o técnico Gilson Kleina ficou nervoso e discutiu com membros da imprensa durante a entrevista coletiva.

 

A torcida, que até foi em bom número à Fonte Nova (mais de 15 mil pagantes), parece mesmo ter perdido as esperanças. Se nem quando consegue atuar bem, ao menos em parte de um jogo, o Bahia vence, como acreditar? O fantasma da Série B não é mais apenas uma alma do outro mundo. Já tomou forma e corpo e se aproxima com velocidade.

 

“(Temos que) Trabalhar, não tem outro segredo. Existem momentos que você pode transferir (a culpa) para o outro. Mas o que a gente tem que fazer é trabalhar. Temos que consertar os erros. Ainda só dependemos da nossa força”, afirmou Gilson Kleina, se recusando a desistir.

 

Se os atletas estão tristes, imagina a torcida. Campeão Baiano, o Bahia começou até bem o Brasileirão da Série A, mas caiu. E mais. Chegou a respirar no início do 2º turno, porém, voltou a naufragar para um mar revolto em que depende mais do que de um clima bom para retomar o seu caminho. Já são sete partidas sem vencer e o pior aproveitamento em casa entre todos os 20 clubes do campeonato.

 

“O que me preocupa é que a gente não está fazendo o resultado em casa. Mais uma vez deixamos escapar. A gente veio forte para o jogo, mas as coisas não aconteceram”, analisou o treinador tricolor.

 

A semana de treinamentos em Praia do Forte pareceu que ia surtir efeito. A escalação em relação à derrota para o Internacional, no dia 25 de outubro, foi alterada em sete posições. A expectativa era boa. Em um dos primeiros lances da partida, uma jogada ensaiada em cobrança de falta deu a entender que o tempo fora de Salvador havia sido proveitoso. Infelizmente foi apenas uma ilusão.

 

Faltam seis jogos, 18 pontos. Existe chance de escapar? Sim, mas quem não deixa o torcedor acreditar não é a matemática. Não é a teoria. É a prática. São os resultados dentro de campo. Atualmente, o Bahia induz os tricolores a desejarem uma queda rápida, já que a dor provocada beira à crueldade.

 

Mudar o panorama é possível, é tátil. Mas, ontem, a esperança do torcedor tricolor foi jogada no fundo do poço e tapou a luz que havia lá.

 

Correio – (Foto: Arisson Marinho)

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