Denúncias da ‘Carne Fraca’ não impacta comércio do produto em Feira

Após a polêmica da operação ‘Carne Fraca’, realizada pela Polícia Federal, que levantou fortes suspeitas sobre a carne que vem sendo comercializada por todo o Brasil, pelo menos em princípio não apresentou queda na movimentação e comercialização de carne em Feira de Santana. Mesmo com a queda nas exportações, em Feira ainda não são visíveis os impactos dessa situação. A equipe do FOLHA DO ESTADO visitou diversos pontos e constatou uma movimentação normal para compra e venda de carnes e frangos na cidade.

 

A operação da Policia Federal ganhou evidência no último final de semana, porém, mesmo com toda a repercussão o comportamento do consumidor permanece o mesmo. “Essa operação não chegou a interferir muito não. As pessoas chegam, perguntam de onde é a carne, onde mata o boi, mas tem tido movimentação normal”, diz o representante de uma casa de carne, Jonathan Oliveira.

 

Durante a operação, grandes marcas de produtos bovinos se envolveram no escândalo de conter produtos inadequados na carne, como, por exemplo, papelão. Também foram descobertos frigoríficos que vendiam carne estragada à imitação de carne, fazendo mistura com carne de cabeça e papelão. A carne fora dos padrões era vendida no mercado nacional e internacional.

 

Para o consumidor feirense, essa operação, parece não ter atingido o comércio local. A dona de casa Maria José, que foi ao Centro de Abastecimento fazer compras, não se importou com o escândalo. “Nós procuramos uma carne que seja de qualidade. Mesmo com todo esse escândalo, eu continuo comprando aqui e no supermercado”, conta.

 

Os comerciantes do Centro também não notaram nenhuma diferença no comportamento dos consumidores. “O movimento teve uma queda no começo do ano, deu uma melhorada depois do carnaval, e essa operação não chegou a interferir muito não”, explica Edvaldo Gomes.

 

Segundo a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia ADAB, por ser um órgão de fiscalização e reguladora nessa área, diz estar muito preocupada com essa questão. “Até porque os frigoríficos que foram atingidos com a denúncia, vendem carne para todo o Brasil, então junto a essas questões, vamos buscar com a secretaria de inspeção da ADAB lotes que possam ter sido encaminhado para Feira de Santana e tentar fazer uma rastreabilidade para ver se existe algum tipo de problema”, fala Aurino Soares, coordenador da ADAB, que completou dizendo que gostaria de tranquilizar a população e que está atento e buscando formas para apreender qualquer mercadoria que seja suspeita.

 

A Vigilância Sanitária de Feira de Santana irá aguardar orientação da ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para agir na cidade.

 

FOLHA DO ESTADO

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