Filho de pastor evangélico muda nome de Israel para Thifany por se identificar como mulher

transexualidadeO pastor Rubem Ribeiro Borges, 49 anos, pai de Israel, 17 anos, conviveu com um dilema em sua família, e ao final, resolveu aceitar o pedido do filho: permitir que ele passe a ser chamado de Thifany.

 

A autorização do pai foi para que o filho solicitasse a mudança de seu “nome social”, uma espécie de prévia da mudança judicial, que permite às instituições públicas, como a escola, tratar o aluno pelo nome que ele escolhe como representação de sua identidade de gênero.

 

“Ele estava irredutível. Disse que não voltaria para a escola de jeito nenhum”, diz o pastor Borges, que diz continuar chamando o filho pelo nome de batismo.

 

Israel quis ser chamado de Thifany porque já se comporta, se veste e fala como mulher, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo. O pai, no entanto, tenta convencer o filho a mudar seu comportamento: “Já falei com ele que não precisa [se vestir como mulher], que ele pode até escandalizar pessoas homofóbicas”, comenta o pastor, demonstrando medo de ver o filho ser agredido.

 

Rubem Ribeiro Borges ressalta, no entanto, que mesmo discordando da opção feita pelo filho, se mantém pai dele, tratando-o com carinho: “Nós somos evangélicos, ele nasceu em berço evangélico. Essa não é uma postura da família, mas não sou contra no sentido de desfazer ou agredir. Trato com carinho”, resume.

 

A história do pastor e do filho que mudou de nome se concretizou há pouco mais de nove meses, quando a família saiu de Salvador (BA) para morar em Jacareí (SP), cidade a 78 km da capital paulista.

 

Depois de muita conversa, Israel convenceu o pai a assinar os documentos da escola para que a instituição de ensino passasse a trata-lo como Thifany: “Ele estava triste, emburrado. Autorizei. Na hora, ele botou um sorrisão na cara”, finaliza o pastor.

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