Funcionária cristã é demitida por não emitir licenças para casamento gay

02Yanicka Parker, uma ministra cristã e ex-especialista em Direito, entrou com uma ação contra o tabelião dos Tribunais do Condado de Broward (BCCO), Howard C. Forman, na Flórida (EUA) por supostamente tê-la demitido porque ela se recusou a emitir licenças para casamentos entre pessoas do mesmo sexo, devido a suas crenças religiosas.

 

Parker, que entrou com a ação no início deste mês (setembro), é congrega na igreja ‘Faith Deliverance Tabernacle’, em Fort Lauderdale (Flórida, EUA), onde ela também serve como pastora.

 

Segundo o processo: “A Sra. Parker tem uma crença religiosa sinceramente embasada, com base nos princípios de sua fé e do ensino bíblico, como Levítico 18:22; Romanos 1: 26-27, I Cor. 6: 9-10; e eu Tim 1: 9-10, afirmando que é um pecado se pessoas do mesmo sexo se envolverem em relações sexuais e, com base em Gênesis 2:18-25, e outra autoridade bíblica, as pessoas do mesmo sexo não podem, nem devem ser moral ou legalmente reconhecidos como marido e mulher, e que Deus julgará os cristãos individualmente, bem como a sociedade da qual eles fazem parte, que toleram ou instituem os casamentos entre pessoas do mesmo sexo”.

 

Como especialista em Direito, Parker, que tinha trabalhado na ‘BCC’ cerca de 12 anos, foi solicitada, entre outras coisas, que como parte do seu trabalho, emitisse licenças de casamento e realizasse cerimônias matrimoniais (civil).03

 

Em 6 de janeiro de 2015, a Florida suspendeu oficialmente a proibição do Estado para casamentos entre pessoas do mesmo sexo e no dia anterior a essa data, a BCCO enviou um e-mail, informando a todos os funcionários que eles teriam que emitir licenças de casamento e realizar cerimônias para casais do mesmo sexo.

 

O processo alega que Parker informou imediatamente seus supervisores que, devido às suas crenças religiosas, ela não realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Em 6 de janeiro de 2015, a ação judicial afirma que havia seis funcionários, além do secretário e supervisores disponíveis para executar funções diferentes, incluindo a emissão de licenças de casamento, somente no escritório Parker.

 

Nessa data, o processo diz que a ministro devota perguntou novamente se ela poderia ser acomodada de forma que ela pudesse realizar suas funções de trabalho sem ter que emitir licenças de casamento para casais do mesmo sexo ou realizar cerimônias de casamento para casais do mesmo sexo, uma vez que havia muitos outros funcionários disponíveis para fazer aquela parte do trabalho.

 

“A sra. Parker estava disposta e capaz de realizar todos os outros aspectos do seu trabalho, o réu Forman poderia facilmente acomodar as crenças religiosas dela. Forman poderia ter isentado Parker da única função de realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo, e permitir que outros ficassem responsáveis por esta tarefa”, relata o texto da ação judicial.

 

Parker foi enviada para casa em 06 de janeiro de 2015 e novamente, em 07 de janeiro de 2015 pediu para ser dispensada de realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Ela foi, então, solicitada que voltasse ao BCCO, no dia 12 de janeiro de 2015, quando ela foi finalmente demitida.

 

A ação da Parker afirma Forman foi injustamente demitida por causa de suas crenças religiosas em violação ao Título VII do Código de Direitos Civis de 1964. A ação pede um julgamento com júri e a compensação de todos os passados ​​e futuros salários, bônus e benefícios que ela teria recebido se ela não tivesse sido demitida.

 

A ministro que foi despejada de sua casa em julho, de acordo com a emissora ‘Local 10 News’, também está buscando uma indenização não especificada por danos emocionais, angústia mental, estresse, ansiedade e reputação diminuída.

 

O site internacional ‘Christian Post’ procurou o ‘BCCO’ nesta segunda-feira para comentar o assunto, mas a administradora-chefe do escritório, Iris Siple não quis falar sobre o assunto.

 

“Eu agradeço a sua ligação, mas nós não comentamos sobre qualquer litígio pendente”, disse ela ao site.

 

O advogado de Parker, Todd W. Shulby também não respondeu a um pedido do site para comentar o caso a tempo para a notícia.

 
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST-(Foto: Reuters)

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