Globo retrata família evangélica com pai abusivo, uma filha lésbica e outra, prostituta

A TV Globo, mais uma vez, representará os evangélicos com um estereótipo distorcido, retratando esse segmento social que só cresce no Brasil como uma família hipócrita e de aparências. A novela Segundo Sol, que estreou recentemente, será usada para pintar um quadro de abusos protagonizado pelo patriarca da família.

 

Como se não bastasse a generalização em apontar o “pai da casa” como alguém que desrespeita a esposa, as filhas do casal serão o oposto do que a mensagem cristã preconiza: uma será lésbica, e a outra, prostituta.

 

Segundo informações do portal O TV Foco, um diálogo da novela irá contextualizar o telespectador sobre as disfuncionalidades da família. O pai, chamado Agenor (Roberto Bonfim), tratará a esposa, Nice (Kelzy Ecard), como empregada, com abusos verbais. Já as filhas do casal serão interpretadas por Letícia Colin, que interpreta Rosa, e Nanda Costa, no papel de Maura.

 

Durante uma discussão sobre as condições da casa em que vivem, o marido irá dizer para a esposa “chamar alguém pra consertar” uma porta defeituosa, ao que ela replica: “Como, se você não me dá dinheiro?”.

 

Esse diálogo, abre espaço para as grosserias: “Não me responda, Nice! Se reclamo é porque tenho motivo”, diz o “evangélico” da novela. “Vá vendo o exemplo de sua mãe, Maura (Nanda Costa), pra quando se casar não ser que nem ela”, acrescenta, sem saber que ela é lésbica.

 

Ao ouvir a conversa, a outra filha, Rosa, aproveita para alfinetar: “E quem disse que Maura vai se casar?”. Sem saber do que se trata a insinuação, o pai critica a outra filha: “Você é que não vai arrumar marido com essa vida que leva! Se embuchar vou logo avisando que nessa casa não fica”.

 

Rosa, então, retruca: “E se Maura, sua queridinha, pegasse uma barriga? Ia botar ela pra fora também?”, questiona a personagem que ao longo da novela irá se revelar prostituta.

 

“Sua irmã tem a cabeça no lugar, vai me dar netos sim, quando se casar. Já você, nunca vai arrumar um homem que lhe sustente”, reage o pai. “E quem disse que quero homem me sustentando? Vê se quero terminar que nem minha mãe, escrava de marido, sem amor, sem respeito”, reclama Rosa.

 

Diante da confusão a mãe, Nice, abaixa a cabeça e Rosa se desculpa pelo excesso, mas Maura sai em defesa do pai: “Parece que gosta de criar caso, Rosa, de bater boca com o pai”.

 

“Gosto não, mas gosto menos ainda de ver ele destratar minha mãe. Não sou como você, Maura, que se pela de medo de seu Agenor”, provoca Rosa. “Por isso tô trabalhando, pra poder um dia ter a minha casa”, acrescenta.

 

Na cena, que irá ao ar no próximo sábado, o pai desconfia das atividades da filha: “Queria entender que diabo de trabalho de telefonista é esse que cada dia chega numa hora”, suspeita.

 

“E é por isso mesmo que me pagam bem. Faço plantão pra ganhar mais”, desconversa Rosa, que revoltada com as situação, pega seu dinheiro e entrega para a mãe: “Aqui, minha mãe, compre a água de cheiro que tanto gosta, viu… e antes que meu pai lhe tome, aqui ó, minha colaboração nas despesas da casa”.

 

Quando Rosa sai de casa, o pai toma o dinheiro da mulher e guarda para si, diante do olhar condescendente da outra filha, Maura.

 

O estereótipo de uma família disfuncional é mais uma investida da emissora da família Marinho contra os valores defendidos por evangélicos. Em Avenida Brasil, a personagem evangélica da novela foi retratada como uma ninfomaníaca, enquanto em Babilônia, o personagem ateu Rafael, interpretado por Chay Suede, tratava sua namorada com desprezo por causa de sua visão conservadora a respeito da homossexualidade.

 

Outras novelas da emissora já foram pelo mesmo caminho, como Amor à Vida, em que a atriz Tatá Werneck interpretava uma “piriguete” que se convertia ao Evangelho e mudava muito pouco sua vida.
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