Guardião da história da administração municipal, Arquivo Público de Feira completa 30 anos

O Arquivo Público de Feira de Santana, órgão da Prefeitura vinculado a Secretaria de Administração, completou, em 27 de dezembro do ano passado, 30 anos de existência. Engana-se, porém, quem imagina que data de apenas três décadas o acervo do equipamento, responsável pelo acervo histórico relacionado a administração pública local.

 

Na realidade, em suas prateleiras repousam milhares de documentos, que se dividem entre importantes e extremamente importantes. Todos imprescindíveis para que o município seja compreendido em vários contextos.

 

Criado na segunda gestão do prefeito José Falcão da Silva, sob a lei 1077, publicada precisamente em 27 de dezembro de 1987, o Arquivo Público Municipal substituiu o Arquivo Geral da época. A lei que lhe deu origem descreve a sua finalidade: desempenhar atividades referentes ao recolhimento, guarda, preservação e conservação de documentos que evidenciem a memória histórica, geográfica, administrativa, técnica, legislativa e jurídica do Município de Feira de Santana.

 

Compete ao órgão, entre outras ações, promover intercâmbios com instituições congêneres, públicas e privadas, serviços e profissionais especializados, objetivando o desenvolvimento e aperfeiçoamento das ações em matéria de sua competência; executar convênios, acordos de cooperação técnica ou financeira, firmados pelo Município em matéria de sua competência; prestar assistência técnica aos diversos órgãos municipais e, também, identificar documentos privados para declaração de interesse público.

 

As salas do Arquivo Público da Prefeitura de Feira de Santana são bastante frequentadas por estudantes das escolas públicas e particulares, que se aprofundam na história local, mas também por pesquisadores que lá buscam passagens para embasar suas teses de mestrado ou doutorado. É permitido o acesso a toda a documentação, desde que não seja a pessoal de servidores municipais, registrada desde os primórdios.

 

Nas suas mais de oito mil caixas podem ser encontradas as plantas de todos os prédios públicos construídos em Feira de Santana nas últimas décadas, que se constituem em importantes acervos para pesquisa. Deve ser considerado o guardião do patrimônio deste setor do município.

 

A Chefe da Divisão de Arquivo, Gleide Maria Bastos Figueiredo (foto), à frente do Arquivo Municipal há quatro anos, diz que uma das relíquias guardadas ali é o documento assinado pelo intendente (cargo equivalente a prefeito) da época, Agostinho Fróes da Motta e o coronel José Paulino de Carvalho autorizando a obra do prédio onde se encontra hoje instalado o órgão – em sua origem, a construção sediou uma unidade de ensino, a Escola João Florêncio. Uma placa à entrada informa que o imóvel foi inaugurado em 1917.

 

Os documentos estão catalogados para facilitar a busca por parte dos interessados. “Temos um cuidado extremo com a sua preservação”, informa Gleide, que deixa transbordar em seus olhos a emoção por estar à frente de missão tão nobre, como ela mesma considera. Ela é ocupante de cargo de confiança, de provimento temporário, mas seu cuidado com os documentos sob sua responsabilidade impressiona a quem visita o local.

 

Guarda, também, fichas funcionais antigas, dos servidores concursados – as dos nomeados ficam no Departamento de Recursos Humanos, e livros contábeis com décadas de existência. “O Arquivo Público preserva a memória e a cultura do município”, diz a chefe do local.

 

Secom

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