Igreja Universal teria plano para deixar de veicular seus programas na Record até 2020, diz jornalista

edir-macedo-recordA Igreja Universal do Reino de Deus estaria pondo em prática um planejamento que culminará com a saída da denominação da TV Record até 2020, com possibilidade desse prazo ser encurtado.

 

A informação sobre o planejamento da Igreja Universal foi divulgada pelo jornalista Ricardo Feltrin, especializado em televisão e colunista da Folha de S. Paulo. “Não, amiguinhos e amiguinhas, vocês não leram nada errado. É isso mesmo. Na surdina, dirigentes da Igreja Universal do Reino de Deus já fazem planos de abandonar as madrugadas da emissora até o final desta década. Motivo: um elaborado plano autossustentável de doação e amealhamento de mais fiéis graças aos espaços ocupados em outras emissoras, além da Record“, escreveu Feltrin.

 

O plano vem sendo colocado em prática de forma metódica e sistemática, e hoje a denominação do bispo Edir Macedo já está presente em todas as principais emissoras de televisão abertas do país, exceto Globo e SBT.

 

A ideia dos bispos da Universal é tornar a Record – que pertence ao líder máximo da igreja – uma empresa que se custeie por conta própria, diz o jornalista. “O prazo de seis anos para a saída pode ser ainda menor, dependendo da ‘competência’ que o Departamento Comercial [da emissora] mostrar. Explico: há 20 anos, quem banca a maior parte dos gastos e das produções da Record —inclusive a compra do megalomaníaco complexo RecNov no Rio— é justamente as dezenas de milhões de reais que a igreja paga mensalmente para ocupar as madrugadas”, informou Feltrin.

 

Há uma corrente dentro da Universal que acredita que, com os espaços usados nas demais emissoras, seja possível para a denominação se manter em crescimento sem a necessidade de despejar milhões de reais num único canal de TV. “Como a Universal se espalhou por inúmeras emissoras e exibe nelas sua pregação (ou ladainha, para aqueles radicais que detestam essa palavra mesmo sem saber seu significado), ela já vê no médio prazo a possibilidade de manter seu crescimento financeiro e fiel, sem a necessidade da Record. Claro que isso ainda deve demorar, mas uma coisa é certa: quando essa data chegar vai haver muito choro e ranger de dentes, porque haverá demissões em profusão […] Hoje o nababesco dinheiro que a igreja injeta da Record lhe permite fazer algumas apostas mais altas, investir em novelas mais caras, dar partida em produções mais elaboradas, contratar gente de primeira linha e coisa e tal. Só que, quando esse dinheirão acabar, muitas cabeças rolarão…”, concluiu o apocalíptico jornalista.

 

Uma amostra da rigidez do plano midiático da Universal é uma suposta tentativa de diversos líderes evangélicos de voltarem à grade da CNT, que recentemente teve 22 horas de sua programação arrendadas pela Universal. De acordo com Lauro Jardim, jornalista da revista Veja, “vários pastores estão tentando fazer lobby para voltar à programação da CNT […] e Macedo por enquanto não cedeu para nenhum outro líder evangélico”.

 

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