Milícia se inspira em Jesus para combater Estado Islâmico

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A perseguição do Estado Islâmico aos cristãos é cruel e incessante. Após um de seus ataques no Iraque, no Natal de 2015, um grupo de cristãos organizou-se em uma milícia armada. Surgiu então a Brigada Babilônia (ou Resistência Cristã Iraquiana), grupo guerrilheiro que pretende defender sua minoria religiosa.

 
A sede do grupo fica na capital Bagdá. Eles preferem ser chamados de “unidade de mobilização popular”. Porém, pouco se diferem dos cerca de 30 grupos semelhantes que surgiram nos últimos anos no Iraque. Estima-se que o total chega a 100 mil voluntários armados.

 
O objetivo de todos eles é impedir o avanço do Estado Islâmico. Após o exército nacional do Iraque entrar em colapso, restaram apenas as milícias. Na maioria, esses grupos rebeldes são formados por muçulmanos que não concordam com o que prega o EI. Segundo a BBC, essas milícias recebem do governo anualmente cerca de US$ 1,4 bilhão (R$ 4,8 bilhões, aproximadamente).

 
O líder da Brigada Babilônia é Rayan al-Kildani. Ele repassa a cada um de seus homens um valor superior a U$ 600 (R$ 2.096). Trata-se de uma boa quantia para a realidade da região. Ele prefere não revelar quantos fazem parte de seu grupo. Conta apena que eles estão bem armados, com muitas armas e foguetes de “tamanho médio”.

 
Orgulha-se de ser “o primeiro poder cristão na história do Iraque”. Para Kildani, os soldados do Estado Islâmico “são o demônio”. Questionado sobre como seu grupo armado pode dizer que está seguindo a Jesus, que ensinou aos cristãos a darem “a outra face”, ele diz saber disso.

 
Contudo, insiste: “temos forças de defesa muito boas agora. Ninguém vai fazer nenhum mal aos cristãos. Alguns tiveram suas casas tomadas. Eu fui pessoalmente a essas casas para dizer às pessoas que chegaram que deixassem as residências. O sofrimento cristão acabou”.

 

GOSPEL PRIME

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