O Globo continua tentando desconstruir os cristãos conservadores 

A grande imprensa brasileira vem caindo em descrédito gradativamente ao demonstrar que não entende as mudanças que o país está passando e tampouco aceita o conservadorismo ganhando força. Se as redes sociais são um espelho da sociedade, é inequívoco que a esquerda já perdeu muito do seu poder de doutrinamento.

 

O que faz então a rede Globo? Procura maneiras de “descontruir” os cristãos conservadores. Sutilmente, encontra pautas que vão na contramão daquilo que a maioria deles pensa e tenta elevar uma minoria, que é insignificante na questão popularidade, à condição de protagonistas.

 
No início do mês, o jornal traduziu uma matéria do The Guardian, publicação inglesa conhecida pelo seu liberalismo. Utilizando uma técnica conhecida do jornalismo para a imposição de pautas, “filtrou” todo o material, deixando de fora o contraditório presente na matéria original e escondeu o perfil dos entrevistados.

 

Quem lia a reportagem “Ex-vangélicos: Cresce nos EUA o número dos fiéis que abandonam o rótulo de evangélicos” poderia pensar que esse era um movimento significativo, que estava fazendo ruir por dentro um dos países mais religiosos do mundo.

 

Não é o caso. A matéria só dava voz a quem se opõe politicamente ao presidente Donald Trump que foi eleito, em grande parte, graças ao apoio maciço dos cristãos conservadores.

 

Agora, na tentativa de legitimar o movimento abortista brasileiro, O Globo estampa a manchete “Cristãs contrariam suas religiões para defender a legalização do aborto” e no subtítulo alertam: “Católicas e evangélicas se mobilizam em grupos contra PEC 181”.

 

Em tempos onde muita gente se informa pelas redes sociais, essa chamada pode dar a impressão errada de que o liberalismo moral está instalado de vez nas igrejas brasileiras, tanto católicas quanto evangélicas. Mas, de novo, este não é o caso.

 

O grande destaque da matéria é Camila Mantovani, uma jovem de 22 anos, frequentadora da Igreja Batista do Caminho, em Niterói. Um detalhe interessante é que ela é militante do PSOL, partido que luta no Supremo Tribunal Federal pela liberação do aborto até a 12ª semana de gestação.

 

O pastor da igreja de Camila é Henrique Vieira, que na última quinta-feira (23), esteve no programa “Encontro com Fátima Bernardes” para igualmente defender que os evangélicos chamem os seguidores de religiões afro de “irmãos” e defendam os LGBTs.

 

A declaração da jovem militante mostra que seu discurso é essencialmente político. “Essa mudança [PEC 181] é um escárnio com a vida, e com o próprio cristianismo. O argumento é muito simples: enquanto cristãos, a defesa da vida tem que estar em primeiro lugar. Se prezamos pela vida, temos de garantir que as mulheres não sejam mortas”, defendeu. A PEC mencionada por ela é conhecida com “PEC da Vida”, mas a mídia vem tratando de denomina-la “PEC do aborto”

 

Ato contínuo, ela acrescenta: “A criminalização não impede que os abortos aconteçam e assassina as mulheres que o praticam. Ser a favor da legislação atual é uma contradição com a sacralização da vida. Precisamos de uma redução de danos, de um sistema que mate menos pessoas. Por isso argumentamos pela legalização”.

 

Curiosamente, destaca o jornal, a base do pensamento de Camila e das outras 30 pessoas que formam a Frente Evangélica pela Legalização do Aborto é o texto de Êxodo 21: 22 e 23, que mostraria como a vida da mulher é “superior” à do feto.

 

Para O Globo, essa Frente Evangélica “segue o caminho das Católicas pelo Direito de Decidir. São mulheres que tentam convencer membros de suas denominações de que defender a vida pode significar garantir o acesso das mulheres a procedimentos legais e seguros para a interrupção da gravidez”.

 

A validação do discurso de Camila e as demais evangélicas pró-aborto não nominadas pela publicação é “uma enquete organizada na internet pelo grupo dela sobre a possibilidade de articular um movimento nacional de religiosas em prol da legalização teve o interesse de 17 mil mulheres em vários estados do país”. A conclusão do jornal é que ser favorável ao aborto é “a opinião de grande parte dos fiéis”.

 

Vergonhosamente, o argumento da publicação é que 17 mil é “grande parte dos fiéis” num universo de mais de 45 milhões de evangélicos no Brasil – 22,2% da população brasileira segundo os dados mais recentes.

 

A intenção não é apenas generalizar o comportamento dos evangélicos a partir de uma minoria insignificante estatisticamente. O Globo exalta também o grupo Católicas pelo Direito de Decidir, uma organização criada em 1993 e cuja pauta central é a legalização do aborto.

 

Uma das coordenadoras do grupo é Rosângela Talib, que disse ao jornal: “A Igreja considera o aborto um pecado mortal, que prevê a expulsão da fiel. Mas nós trabalhamos com a ideia de que direitos sexuais e reprodutivos são direitos humanos, não devem ser contestados”.

 

Ou seja, Talib mostra que o “católicas” aqui é só um termo escolhido para causar impacto. Afinal, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) deixa claro que condena “todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil.”

 

Em nota a entidade afirma que: “desde quando o óvulo é fecundado, encontra-se inaugurada uma nova vida, que não é nem a do pai, nem a da mãe, mas a de um novo ser humano”.

 

A conclusão lógica é que as Católicas pelo Direito de Decidir (CDD), seguem outra agenda, que não é a do Vaticano, logo não poderiam sequer usar o título de católicas. Uma rápida pesquisa na internet sobre quem elas são, mostra que é uma versão brasileira do movimento fundado por Frances Kissling, uma mulher que viveu algum tempo em um convento das Irmãs de São José (EUA). Ao abandoná-lo, passou a dirigir uma clínica de abortos em Nova York. As CDD financiam suas atividades com milhões de dólares recebidos de grupos norte-americanos abertamente antivida como a Fundação Ford.

 

Estranhamente, nesse panfleto abortista travestido de jornalismo produzido por O Globo, vemos evangélicas que são militantes de um partido socialista – ideal político que se opõe ao cristianismo – e católicas que não seguem o Vaticano em questões morais. Dois grupos que são um bom exemplo do paradoxo religioso que a grande imprensa tenta inculcar como “o novo”. Contudo, acabam apenas servindo como ser aquilo que o fundador do cristianismo que elas supostamente seguem: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis” (Mateus 7:15-20).

 

Gospel  Prime

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