Papa Francisco prega contra os “pecados modernos”

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Para os católicos existem “sete obras de caridade”: alimentar os famintos, refrescar os sedentos, hospedar os estrangeiros, vestir os que não têm roupas, visitar os doentes, confortar os presos e enterrar os mortos. Baseadas nas instruções de Jesus em Mateus 25, elas podem ganhar a companhia de uma oitava obra.

 

Na última quinta-feira (1/9) o papa sugeriu que fosse acrescentado o cuidado com o meio ambiente. A proposta fez parte de sua mensagem para marcar o Dia Mundial da Oração pela Criação. Criado no ano passado, é uma tentativa de impulsionar sua campanha de proteção à natureza.

 

O pontífice pediu que toda a humanidade dê passos concretos para começar a pagar o que ele chamou de “dívida ecológica” que os países ricos teriam com os pobres. Esses passos incluem reciclar, apagar a luz e dar carona. Na sua prédica, afirmou que o aquecimento global é causado pelo ser humano. Isso, além da perda de biodiversidade, a poluição e o desmatamento são “pecados” contra Deus, e que devem ser expiados com atitudes ecológicas.

 

“A mudança climática também está contribuindo para a crise de refugiados de cortar o coração”, acrescentou. Lembrando que a Igreja Católica celebra um Ano Jubileu, resumiu: “vamos aprender a implorar a misericórdia de Deus para os pecados contra a criação que não temos até agora reconhecido e confessado”. Sublinhou que é necessária uma “conversão ecológica” que resultaria em formas concretas de pensar e de agir, com mais respeito à criação.

 

Indiferença também é pecado

 

Diante de milhares de voluntários leigos na Praça de São Pedro, em uma reunião especial em antecipação da cerimônia de canonização de Madre Tereza, ele voltou a sublinhar a necessidade do cristão de cuidar do mundo e falou novamente sobre os “pecados modernos”.

 

Foi assim que ele classificou a indiferença com a fome, a exploração e outros sofrimentos causados por uma mentalidade materialista. Enquanto elogiava o exemplo de Madre Teresa de Calcutá, denunciou: “Não é possível desviar o olhar e seguir outra direção para não ver as muitas formas de pobreza que pedem misericórdia”. Segundo Francisco, quem escolhe “não ver a fome, a doença, as pessoas exploradas, comete um pecado grave. É também um pecado moderno, um pecado de hoje”.

 

GOSPEL PRIME

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