Profissionais de saúde são capacitados sobre coqueluche

262015181634 (1)Médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde participaram de uma capacitação sobre a coqueluche, na manhã desta terça-feira, 2, para conscientizá-los da importância em notificar à Vigilância Epidemiológica os casos suspeitos da doença no município. Com essa medida é possível quebrar a cadeia de transmissão da coqueluche.

 

Dados da Viep apontam que enquanto em 2014, entre janeiro a maio, foram notificados e investigados 251 casos da doença no município com 72 confirmações, neste ano, apenas 47 casos chegaram ao conhecimento da Secretaria de Saúde, no mesmo período. Oito dos casos investigados foram confirmados. A palestra, realizada no auditório Dr. João Batista de Cerqueira, foi conduzida pela infectologista Normeide Pedreira.

 

Conforme a enfermeira de referência da Viep, Ana Luiza Melo, ao comparar os números foi identificada uma disparidade entre um ano ao outro, que pode está atribuída a falta de notificações.

 

“Os casos de coqueluche no município podem ser bem mais. Por isso, reunimos os profissionais de saúde para orientá-los da importância em notificar para a Vigilância Epidemiológica todos os casos. Somente assim podemos dar início ao tratamento e quebrar a cadeia de transmissão”, afirmou a enfermeira.

 

De acordo com os dados, os bairros de maior incidência foram Tomba, Mangabeira, Feira X, Campo Limpo, Serraria Brasil e Brasília.

 

Doença de alto poder de transmissão

 

A coqueluche é uma doença respiratória de alto poder de transmissão, causada pela bactéria Bordetella pertussis, que afeta o topo da garganta (faringe) e cujo sintoma inicial se assemelha ao da gripe ou virose: espirros e corrimento nasal; tosse; olhos lacrimejando e, em alguns casos, febre baixa. Depois a tosse passa a ser persistente, vômito e falta de ar após tossir.

 

Segundo a enfermeira, a maior incidência da doença é em crianças menores de 1 ano. Elas representam quase a totalidade das complicações e mortes por coqueluche. Dados apontam, ainda, que no mundo essa é a terceira causa de morte em crianças por doença imunoprevenível.

 

Previne-se a coqueluche por meio da vacina pentavalente, a qual faz parte da caderneta de vacinação da criança. São aplicadas três doses e dois reforços a partir dos dois meses de vida. O imunizante é disponibilizado em todas as unidades de saúde do município, através da Rede de Frio.

 

“Gestantes também devem ser imunizadas a partir da 27ª semana de gravidez até 20 dias antes do parto”, orienta a enfermeira. Ainda de acordo com ela, essa é uma forma de proteger o bebê nos primeiros dias de vida, uma vez que, o sistema imunológico não foi formado.

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