Santander cancela exposição e pede desculpas por apologia à pedofilia; Responsáveis serão convocados por CPI

O Banco Santander recuou diante da enorme repercussão em desaprovação à exposição “Queermuseu”, cancelou o evento e emitiu um comunicado com pedido de desculpas às ofensas que a mostra trazia ao senso de moral do público e também a símbolos religiosos cristãos.

 

A exposição “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira” tinha o apoio do Ministério da Cultura, com patrocínio do Banco Santander. A produtora responsável, Rainmaker Consultoria de Imagem, Projetos e Produções, foi inclusive autorizada a pelo governo federal a captar até R$ 850 mil.

“Pedimos sinceras desculpas a todos os que se sentiram ofendidos por alguma obra que fazia parte da mostra”, diz um trecho do comunicado do banco, que afirmou ter como objetivo promover debates, e não “gerar qualquer tipo de desrespeito e discórdia”.

 

“Ouvimos as manifestações e entendemos que algumas das obras da exposição ‘Queermuseu’ desrespeitavam símbolos, crenças e pessoas, o que não está em linha com a nossa visão de mundo. Quando a arte não é capaz de gerar inclusão e reflexão positiva, perde seu propósito maior, que é elevar a condição humana”, afirma outro trecho do comunicado do banco.

 

CPI

 

A revolta popular com a exposição de fazia apologia à pedofilia, zoofilia e tratava com desrespeito objetos e símbolos religiosos ligados ao cristianismo foi tamanha que agora os produtores serão chamados a depor na CPI dos Maus Tratos Infantis.

O senador Magno Malta (PR-ES) propôs que os principais envolvidos na organização da exposição, incluindo o curador Gaudêncio Fidelis, sejam chamados a depor: “Serão convocados por mim para depor da CPI dos Maus Tratos Infantis. Não toleraremos qualquer manifestação que faça apologia ao abuso sexual de crianças”, garantiu Malta.

 

Censura?

 

Militantes de esquerda, incluindo políticos e jornalistas, consideraram a maciça manifestação popular contra a exposição uma espécie de censura promovida por conservadores.

 

A retórica usada, inclusive, nega que a pedofilia seja algo reprovável. Uma das principais revistas que promovem a ideologia de gênero (teoria Queer) é a Psychological Bulletin, que defende que a sexualidade é uma construção social desvinculada da natureza humana e considera a expressão sexual em crianças algo natural e belo.

 

Em seus artigos, a revista se recusa a se referir ao sexo praticado com crianças como pedofilia, usando o termo “intimidade intergeracional” para suavizar e, por fim, acabar com a conotação negativa de questões ligadas à sexualização infantil.

 

Um dos defensores da exposição “Queermuseu”, o jornalista esportivo Antero Greco – do jornal O Estado de S. Paulo e da ESPN, emissora da Disney – usou seu Twitter para afirmar que tratava-se de censura promovida para controlar as “mentes dos imbecis”.

 

“A censura chega sorrateira, pra ‘preservar moral, bons costumes e família’. Depois tenta controlar todas as mentes. Só consegue a dos imbecis”, escreveu Greco, em um tweet que depois foi apagado.

 

Gospel +

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