Secretário de Segurança vê redução de crimes na Bahia, “na contramão do restante do Brasil”

Na mais recente edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a Bahia lidera no número de homicídios. Mata-se mais na “boa terra” do que no Rio de Janeiro e São Paulo.

 

Quando os dados foram divulgados, em outubro (com números de 2016) a Secretaria de Segurança Pública questionou a metodologia, insinuando que outros estados estavam escondendo crimes. Já virou uma desculpa padrão.

 

Mesmo que tenham escondido, a SSP não chegou ao disparate de afirmar que inventaram assassinatos na Bahia. Temos portanto, que 7.110 pessoas perderam a vida de forma violenta no estado naquele ano.

 

Agora o governo fala em redução permanente da violência. Todo mês sai uma estatística positiva e a mais recente diz que no quadrimestre inicial de 2018, a queda dos CVLI (crimes violentos letais intencionais) foi de 17,1% na capital e estrondosos 29,6% no interior.

 

Curioso é que na maior cidade do interior da Bahia, não houve queda alguma. O máximo que se pode comemorar é o fato de não ter ocorrido crescimento. 150 mortes violentas de janeiro a abril de 2017 e 151 no mesmo período deste ano.

 

Em Feira de Santana não se consegue manipular os números. Aldo Matos e Denivaldo Costa não deixam, ao fazer diariamente o registro estatístico da criminalidade letal em nosso município para as duas principais emissoras de rádio da cidade. Desconheço o que ocorre nos outros municípios. Mas a credibilidade da SSP fica sob suspeita só pela dificuldade de se obter dados atualizados.
Será Feira tão infeliz que o crime cai em todo o estado menos aqui? Difícil crer nisso.
Mas Maurício Barbosa, secretário que comanda o setor desde Jaques Wagner, está convicto ao ponto de insinuar que a Bahia tem lições a dar para os demais membros da Federação. Entrevistado em reportagem da assessoria do governo, caprichou na falta de modéstia. “O estado com a redução de aproximadamente 15% dos homicídios, 15% de roubo a banco, na contramão do que estamos vendo, infelizmente, no restante do Brasil”.

 

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