Templo de Salomão da IURD será destruído em filme gay

templo_salomao2A Bienal de Arte de São Paulo deste ano promete ser polêmica, ou melhor, “transgressora”, como o curador prefere chamar.

 

Uma das obras que será exposta será o filme “Inferno” da artista israelense Yael Bartana. Neste filme o Templo de Salomão, construção da Igreja Universal do Reino de Deus, será destruído.

 

Mas não é só este o ponto polêmico da obra de arte, um travesti foi convidado para ser o personagem principal. Márcia Pantera, nome artístico de Carlos Márcio, 44, será um líder religioso do grande templo da IURD, que no filme é apenas um simulacro da mega igreja.

 

O curador da Bienal, o britânico Charles Esche, disse à Folha Ilustrada que as obras terão esse papel de diminuir a diferença entre o masculino e o feminino e aproveitar para provocar as religiões, principalmente aquelas que se opõem às questões de gênero.

 

Carlos Márcio se afirma como religioso, tanto que frequenta tanto terreiros de umbanda, como missas católicas e cultos evangélicos. Na sua opinião ele acredita que o filme irá diminuir os preconceitos dos religiosos contra homossexuais e transexuais.

 

“Acho que o preconceito da igreja evangélica é demais da conta. Se eu morrer e nascer de novo, quero vir exatamente como eu sou. Gay que seja. Sou feliz assim”, disse ele à Ilustrada.
O filme “Inferno” não será o único a tratar sobre religião e homossexualidade. O filme “Sérgio e Simone”, da brasileira Virginia de Medeiros, também trará esse assunto.
Na obra Virginia vai contar a história de Sérgio, um homem que se torna travesti e se assume como Simone. Ao passar por uma experiência de quase morte, Sérgio se torna evangélico e volta a ter sua identidade masculina.

 

A artista quer mostrar que hoje não existe mais diferença entre homem e mulher e que Sérgio vai entender que entre ele e Simone há muitas semelhanças, apesar dele negar.

 

Gospel Prime

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