“Antes eu matava bebês, mas hoje Jesus me usa para salvá-los”, diz ex-abortista

Kathi Aultman queria ser médica para poder ajudar as mulheres. Depois de receber sua licença, ela conseguiu um emprego na Clínica Feminina da Flórida para realizar abortos.

 

Em entrevista à CBN News, Aultman explicou: “Não havia dúvida em minha mente que uma mulher deveria ter o direito de escolher se queria ou não engravidar, e isso era o mais importante. E não considerava o feto em toda essa equação”.

 

Ela então se tornou diretora de uma sede local da ‘Planned Parenthood. Ela disse que examinar as partes dos bebês abortados a fascinava.

 

“Eu estava olhando para isso completamente do ponto de vista científico, totalmente desprovido de qualquer emoção”, disse Aultman. “Foi incrível e eu costumava mandar estes órgãos, as diferentes partes, até à patologia e em nossa rotação patológica, nós olhávamos para os slides e isso me fascinava”.

 

Ela até realizou abortos durante sua própria a gravidez.

 

“Eu não via nenhum problema com isso”, ela comentou. “Meu bebê era desejado. O bebê delas não era. Isso também não parecia incomodar as mulheres que estavam abortando. Eu não via nenhuma contradição nisso, nenhum problema com isso”.

 

Aultman disse que a primeira vez que teve dúvidas sobre o que estava fazendo era quando trabalhava na unidade de terapia intensiva para recém-nascidos e prematuros.

 

Ela então se viu tentando salvar bebês e muitos eram da mesma idade daqueles que ela matou. Mas ela rapidamente descartou esses pensamentos.

 
O pensamento de Aultman começa a mudar

 

“Se ela quisesse o bebê, eu faria tudo que pudesse para dar a ela um bebê feliz e saudável”, disse a médica. “Se ela abortasse eu ficaria perturbada com ela e chateada por perder aquele bebê”.

 

Depois de ter seu primeiro filho, a médica ficou cara a cara com três casos que mudaram seu pensamento.

 

Um deles envolvia uma jovem que já tinha feito três abortos, todos realizados por Aultman.

 

“Fui ao gerente da clínica e disse que não queria mais fazer isso”, compartilhou Aultman. “Ela só estava usando o aborto como controle de natalidade. E eles disseram que eu não tinha o direito de tomar essa decisão por, que não era um julgamento que eu deveria estar fazendo e eu precisava fazer o procedimento”.

 

Durante sua entrevista à CBN News, Aultman explicou cuidadosamente dois outros cenários que a fizeram ver as coisas de maneira diferente.

 

“A próxima mulher entrou com sua namorada e a namorada perguntou: ‘você quer ver o feto?’ e ela disse rapidamente, com uma voz realmente brava: ‘Eu não quero olhar para ele, só quero matá-lo!’. Então eu pensei: ‘o que esse bebê fez com ela para que ela o odiasse tanto?”, contou.

 

Ela então contou sobre uma terceira mulher que já tinha quatro filhos, estava grávida do quinto. Seu marido queria que ela abortasse o quinto filho.

 

“O marido dela não sentia que poderia pagar por outro, e ela chorou o tempo todo”, comentou Aultman. “Eu acho que a insensibilidade e hostilidade dos dois primeiros em comparação com a tristeza e a devastação da terceira mulher – eu acho que essa comparação me fez entender que só porque a criança não era desejada, isso não era mais justificativa suficiente para eu fazer o procedimento”.

 

Em 1983, depois de participar de um culto na igreja e conversar em particular com o pastor daquela comunidade, Aultman orou para se tornar uma cristã nascida de novo.

 

Mesmo assim, Aultman diz que ela ainda estava confusa e não entendia completamente quem era Jesus.

 

“Naquela momento eu nem acreditava que Jesus foi uma pessoa física que andou pela terra”, continuou ela. “E ele (o pastor) me deu o livro ‘A Prova’, de Josh McDowell que exige um veredito. E foi lendo esse livro que eu finalmente percebi que, sim, Ele foi uma pessoa real. E então ele me deu o ‘Mero Cristianismo’, de C.S. Lewis. Foi nesse ponto que eu finalmente entendi quem era Jesus e naquele momento entreguei minha vida a Ele. E então Ele apenas começou o longo e árduo trabalho de me transformar”.

 

Quando Deus começou a trabalhar em seu coração, Aultman decidiu que não podia mais realizar abortos. Mas ela ainda acreditava que uma mulher tinha o direito de interromper uma gravidez indesejada.

 

“Uma assassina em massa”

 

Dois anos depois, depois de ler um artigo comparando o aborto com o Holocausto judeu causado pelo nazismo, a realidade do aborto como a vida humana a atingiu, e Aultman se viu como uma assassina em massa.

 

“Eu provavelmente matei mais pessoas do que Ted Bundy ou qualquer um dos assassinos em massa se você considerar todos os abortos que eu fiz”, disse ela.

 

Esquecer seu passado sombrio não foi fácil. Ela disse: “Uma das coisas mais maravilhosas para uma médica obstetra é encontrar uma criança que ela ajudou a nascer ou até mesmo os filhos dessa pessoa, décadas depois. Isso é uma alegria. Mas era realmente amargo pensar que eu nunca teria essa alegria porque eu matava bebês em vez de ajudá-los a nascer”.

 

Aultman recorreu a um conselheiro cristão para ajudá-la a trabalhar com a culpa que sentia por realizar tantos abortos. Durante uma sessão, ela disse que começou a chorar e não conseguia mais parar.

 

“E durante esse momento, em minha mente eu pude ver as vestes de Jesus e Seus pés e eu estava a Seus pés chorando e Ele disse para mim ‘você é mais poderosa do que eu? Você é mais importante do que eu? Você é mais forte do que eu? Eu sou capaz de perdoar você, mas você não pode se perdoar?’. Naquele momento eu entendi que Ele havia me perdoado e que eu precisava me perdoar e foi aí que eu realmente encontrei a minha cura”.

 

Aultman agora está aposentada e dedica o restante de sua vida a lutar pelos não-nascidos.

 

Isso inclui ir ao Congresso, onde, em 2017, ela convocou os legisladores a aprovar o Ato ‘Heartbeat Protection’, uma medida que proibiria abortos após a detecção dos batimentos cardíacos de um bebê ainda não-nascido.

 

“Eu apoio o Ato porque ele usa o batimento cardíaco, um sinal muito concreto de vida, com o qual as pessoas podem se identificar para definir quando o feto deve ser protegido”, disse ela durante seu depoimento no Congresso.

 

A ex-abortista diz que é grata todos os dias pela oportunidade de falar por aqueles que uma vez ela silenciou.

 

“Eu sou grata todos os dias porque temos um Salvador, que Ele nos perdoa e que Ele pode pegar o que o gafanhoto destruiu e restaurar”, ela compartilhou. “Eu sou tão grata porque se antes eu matava bebês, hoje Ele está me usando para salvá-los”.

 

 

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