Após crítica de Feliciano, Witzel volta atrás e revoga lei sobre discriminação sexual

A preocupação dos cristãos em geral, especialmente dos evangélicos, com leis que prometem “regulamentar” atos de discriminação sexual não é por acaso, visto que muitos líderes religiosos se sentem ameaçados por tais medidas. Um deles é o pastor e deputado Marco Feliciano, que recentemente criticou um decreto do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

 

O decreto previa punir quem “discriminar pessoas por preconceito de sexo, identidade de gênero ou orientação sexual”, tornando vaga a definição do que é “gênero”, bem como o próprio conceito de “discriminação”, que, uma vez utilizado de forma abstrata, pode servir como mordaça contra pastores e padres que pregam contra o pecado do homossexualismo.

 

Ao saber da decisão tomada por Witzel, Feliciano afirmou que o governador “fez o que nenhum esquerdopata teve coragem até hoje”, criticando duramente o suposto apoio do mesmo à causa LGBT.

 

“Por meio do Decreto 46.945 de 18/02/20, na prática tornou ilícito qualquer padre ou pastor pregar que homossexualismo é pecado! Tal decreto é inconstitucional! Tomarei providências judiciais!”, afirmou Feliciano.

 

“Equívoco”
Wilson Witzel, no entanto, voltou atrás e decidiu revogar o polêmico decreto, alegando que não havia tomado conhecimento do seu conteúdo, de fato. “Eu havia feito correções no decreto que, por equívoco, não foram publicadas”, afirmou o governador do Rio.

 

“No decreto nós somente vamos aplicar sanções após o julgamento da secretaria de Direitos Humanos conforme determina o artigo terceiro da Constituição, que fala na proibição da discriminação de sexo, raça, cor, etnia, opinião política, opção religiosa. Somente nesses casos”, completou.

 

Witzel ainda argumentou que o documento não teve a sua aprovação quando foi publicado, aparentemente, porque não foi retificado como ele gostaria. Diante disso o governador se comprometeu em fazer alterações no texto para só então republicá-lo.

 

“Vamos fazer a retificação. O decreto foi publicado com equívoco, foi publicado sem minha autorização e será republicado na semana que vem”, explicou Witzel, segundo O Globo.

 

 

Gospel +

OUTRAS NOTÍCIAS