Bahia recebe certificação internacional: livre de aftosa com vacinação

A Bahia recebeu a certificação internacional “Brasil livre de febre aftosa com vacinação”, concedida pela Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE). Durante jantar comemorativo, realizado na quinta-feira (6), o secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura do Estado, Victor Bonfim, assinou termo de cooperação técnica com os Correios e de convênio com o Fundo de Apoio à Pecuária do Estado da Bahia (FUNDAP).

 

“Nosso Estado já tinha alcançado o status de zona livre com vacinação. Agora, estamos avançando para ficarmos livres sem a vacinação”, afirmou o gestor estadual. A expectativa, segundo ele, é que até 2021 a Bahia chegue a essa condição. “Isto vai nos permitir exportar os nossos produtos de origem animal para mercados mais exigentes, como o europeu, onde existe uma rastreabilidade maior dos animais utilizados. Aproveitando esse momento tão importante para a Bahia, estamos assinando esses dois documentos para nos aproximarmos ainda mais desse objetivo”, completou.

 

De acordo com o fiscal da Agência de Defesa da Agropecuária na Bahia (ADAB), Paulo Torres, o convênio com o FUNDAP vai permitir a elaboração de ações de defesa realizadas em prol do pecuarista e para a proteção de seus animais. Já o termo de cooperação com os Correios, inédito em todo o Brasil, estabelece um controle no transporte de mudas agrícolas entre os Estados. “Hoje, as pessoas compram pela internet mudas de plantas de todo o Brasil, que podem carregar doenças e disseminá-las. Essas mudas podem ser um agravo muito perigoso para nossas produções. A partir desse termo de cooperação, quando uma muda agrícola for transportada, a ADAB será acionada e iremos verificá-la para doenças e quanto a sua origem”, explicou Torres.

 

O último caso de febre aftosa – doença infecciosa, altamente contagiosa – registrado no Brasil foi em 2006. Um dos Estados brasileiros líderes de produção e comercialização pecuária, a Bahia é considerada oficialmente livre da doença desde 2001. Para o presidente das Indústrias de Carne da Bahia, Júlio Farias, o momento é muito importante para todos os envolvidos com o Agronegócio no Estado. “Essa certificação reflete na vida do produtor e, por conseguinte, na economia baiana e nas relações internacionais, porque a febre aftosa é um dos grandes limitantes para que possamos alcançar novos mercados”.

 

 

As informações são do A Tarde.

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