Bolsonaro diz que vai indicar pastor ao STF e sugere que sessões comecem “com uma oração”

RIO DE JANEIRO, BRAZIL - OCTOBER 28: Jair Bolsonaro, far-right lawmaker and presidential candidate of the Social Liberal Party (PSL), gestures after casting his vote during general elections on October 28, 2018 in Rio de Janeiro, Brazil. (Photo by Buda Mendes/Getty Images

Durante um culto na sede da Assembleia de Deus – Ministério do Belém, na noite desta segunda-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro prometeu que sua próxima indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) será um pastor.

O culto celebrou o aniversário de 86 anos do pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus do Brasil, no bairro do Belenzinho, na Zona Leste de São Paulo.

Bolsonaro disse que foram “precipitados” aqueles que o criticaram por não ter indicado um ministro evangélico para a vaga de Celso de Mello, que se aposenta do Supremo na próxima terça-feira (13).

“Vamos ter no STF um ministro terrivelmente evangélico. Agora mais ainda. Alguns um pouco precipitados achavam que devia ser a primeira vaga, que acabei de indicar. A segunda vaga, que será [indicada] em julho do ano que vem, com toda certeza, mais que terrivelmente evangélico, se Deus quiser nós teremos lá dentro um pastor”, afirmou.

O presidente ainda sugeriu: “Imaginemos as sessões daquele Supremo Tribunal Federal começarem com uma oração. Tenham certeza de uma coisa: isso não é mérito meu. É a mão de Deus”.

Além do presidente, que foi acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o evento reuniu diversas autoridades como o prefeito e candidato à reeleição em São Paulo, Bruno Covas (PSDB), seu concorrente Andrea Matarazzo (PSD) — cuja vice, a deputada estadual Marta Costa (PSD-SP), é filha do pastor José Wellington —, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, e o ex-ministro Gilberto Kassab (PSD).

Para a vaga de Celso de Mello, Bolsonaro anunciou na última quinta-feira (1) a escolha do desembargador Kassio Nunes Marques, de 48 anos. A indicação foi publicada no Diário Oficial da União no dia seguinte.

Marques é desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, e precisará ter o nome aprovado no plenário do Senado, pela maioria absoluta dos senadores, conforme prevê a Constituição Federal.

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