O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) está assegurando assistência aos funcionários demitidos da empresa Yazaki, que fechou sua unidade em Feira de Santana recentemente. A maioria queixa de doenças ocupacionais.
É o caso de Lucineide Sacramento, 32 anos. Após sete anos de serviços prestados à empresa, ela reclama de fortes dores nas articulações. “Tenho lesões nos nervos e sinto muitas dores e formigamento nas articulações em função do trabalho. Inclusive já precisei ser submetida a uma cirurgia no ombro”, disse.
De imediato, 180 funcionários da empresa serão submetidos à avaliação da equipe multiprofissional do órgão, composta de médico, psicólogo, fisioterapeuta, assistente social e enfermeiro. Eles são acompanhados pelo Cerest antes do fechamento da empresa.
“Desde 2011, após um Termo de Ajuste de Conduta com a Yasaki, que esses funcionários são assistidos pelo Cerest. Mas, daremos atenção também aos demais que se encontram lesionados”, afirmou a coordenadora do órgão, Verena Liberal.
Caso se confirme o problema de saúde em função do trabalho, essas pessoas serão encaminhadas ao INSS. “É onde será reconhecida a aptidão ou inaptidão desse trabalhador para continuar exercendo ou não sua atividade”, afirmou.
De janeiro a junho deste ano, 93% dos pacientes atendidos no Cerest sofrem de Lerd/Dort (Lesões por Esforço Repetitivo/ Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho). Eles reclamam de dores, sobretudo, nos membros superiores e na coluna. Atualmente, 125 pessoas estão sendo acompanhadas pelo órgão.
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