Coreia do Norte faz abortos forçados e mata bebês de prisioneiras, diz relatório

A Coréia do Norte ocupa a posição número 1° entre os países que mais perseguem cristãos no mundo, segundo a Portas Abertas. A ditadura comunista é a principal fonte de opressão à fé ou aos chamados “desertores”, os quais são alvos até de abortos forçados.

A Organização das Nações Unidas (ONU) obteve relatos de mulheres que foram massacradas em centros de detenções do regime coreano. Foram 100 casos relatados, os quais incluem informações chocantes sobre aborto forçado e assassinato de bebês já nascidos.

Segundo o Relatório de Direitos Humanos da ONU, o infanticídio é uma trágica realidade em algumas prisões norte-coreanas. Bebês de prisioneiras – geralmente de consciência – que sobrevivem ao procedimento cruel de aborto são mortos mesmo após o nascimento, segundo denúncia de uma testemunha ocular.

Às mulheres que passam pelo aborto forçado também correm risco de vida e muitas vêm a falecer pela falta de cuidados médicos adequados.

“Ela foi retirada do centro de detenção e recebeu uma injeção para abortar. Eu a vi dando à luz com os meus próprios olhos… ouvi choro, mas depois o bebê foi colocado de bruços, embrulhado em plástico e retirado da cela por um carcereiro… Não foi dado atendimento médico [à mãe]. Ela morreu depois de uma semana ou mais”, contou a testemunha.

Outra testemunha que também não teve o seu nome revelado por razões de segurança, disse que depois que as autoridades torturaram a mãe, para ter o bebê prematuro, após o nascimento a criança foi jogada para morrer no frio.

Ji Hyeon, descreveu pra ONU em 2017, que foi forçada a ter o bebê prematuro sem medicamentos, e relatou que depois que as mães morrem, devido à falta de assistência e fome, pedaços dos seus corpos são jogados para os cachorros dos policiais para eles comerem.

“As mulheres grávidas eram forçadas a trabalhos pesados o dia todo. À noite, ouvíamos mães grávidas gritando, enquanto bebês eram mortos sem nunca poder ver suas mães”, contou ela, segundo a Epoch Times.

Michelle Bachelet, Alta Comissária da ONU para os direitos humanos, disse que é necessário buscar caminhos para a responsabilização adequada para tais crimes. Que fica claro, com os relatos mencionados, a gravidade das violações dos direitos humanos.

Também afirmou que o escritório da ONU, “continuará a reunir evidências desse tipo, para apoiar um processo de responsabilização criminal, sempre que possível”.

O governo da Coréia do Norte deverá alinhar o sistema carcerário às normas e padrões internacionais, de acordo com o relatório realizado pela comissão de Direitos Humanos da ONU, mas além das questões básicas de Direitos Humanos, a perseguição religiosa aos cristãos também é outro grave problema a ser tratado no país.

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