Coreia do Norte: pastor é acusado de “ameaça nacional” por soltar balões com bíblias

Conseguir levar a Palavra de Deus aos lugares mais fechados no mundo, como a Coreia do Norte, é o desafio de pessoas como o pastor americano Eric Foley, que há vários anos envia bíblias dentro de balões para a Coreia do Norte, na fronteira com a Coreia do Sul.

Apesar da atividade não ser explicitamente ilegal, visto que não há leis específicas sobre o envio de bíblias em balões, autoridades do regime comunista coreano agora estão acusando o pastor de promover “ameaça nacional” por causa do seu evangelismo.

“Há 15 anos temos um bom relacionamento com as autoridades. Tivemos policiais, militares e até mesmo os serviços de inteligência presentes em todos os nossos lançamentos”, disse o pastor, lembrando que a repressão mais acirrada surgiu só agora.

“Este ano, em alguns lançamentos, perguntei à polícia, ‘isso é ilegal?’ E a polícia respondeu, ‘bem, não, você simplesmente não pode fazer isso aqui neste local.’”, explicou.

Com o alcance do público que vive no Norte da Coreia, a prática inusitada de evangelismo que visa burlar a dificuldade do transporte de bíblias por meios tradicionais chamou atenção das autoridades.

Como resultado, o pastor está sofrendo uma série de acusações. Segundo informações da organização Mission Network News (MNN), “uma delas está relacionada à violação de uma lei cambial intercoreana”, que é “uma lei que regula o comércio entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul”.

O pastor evangélico explicou à MNN que a legislação atual que regulamenta a circulação de produtos entre as duas Coreias não se aplica ao seu caso, mas a situações especiais. No entanto, essas acusações agora “estão relacionadas ao lançamento de balões com a acusação de que nossa atividade cria uma ameaça nacional para a Coreia”.

Apesar da repressão, o líder religioso se mantém confiante da providência de Deus. Desde que esse tipo de atividade teve início da fronteira das duas Coreias, cerca de 600.000 bíblias já foram enviadas em balões para a parte comunista, segundo o Premier.

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