Crescimento populacional vai diminuir ritmo da evangelização no mundo, dizem pesquisadores

evangelismoUma projeção da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que a população do planeta vai saltar dos atuais 7,3 bilhões para 11,2 bilhões até 2100. Esse crescimento vai dificultar a propagação do Evangelho, de acordo com o Center for the Study of Global Christianity (CSGC).

 

A previsão do CSGC de que a evangelização vai encontrar dificuldades para alcançar a totalidade da população mundial se baseia em dados históricos. Ao longo de dois mil anos, desde a Igreja Primitiva, o Evangelho alcançou 70% da população mundial.

 

O grande salto evangelístico aconteceu no século 20, que começou, em 1900, com 45,7% das pessoas do mundo cientes da mensagem de Jesus Cristo, e terminou, em 1999, com mais de 70% de alcance.

 

Porém, o salto populacional do período diminuiu o ritmo, e a previsão é que, por causa do maior número de pessoas no planeta, até 2050 esse percentual cresça apenas mais 2 pontos, chegando a 72%.

 

Nos últimos 45 anos, o número de organizações missionárias mais que duplicou, o que ajudou no crescimento da população abrangida. Em 1970 existiam 2.200 entidades dedicadas à propagar o Evangelho. Em 2015, esse número chega a 5.100.

 

Para o CSGC, a “desaceleração” do evangelismo vai acontecer também pela influência de outros fatores, como o crescimento de outras religiões e a necessidade dos cristãos em se dedicar à formação daqueles que se converterem, o discipulado.

 

Dentre os fatores que permitiram a explosão evangelística ao longo do século passado está o alcance às tribos africanas, que não possuíam vínculos com as principais religiões do mundo. Essa situação permitiu aos missionários apresentar a mensagem do Evangelho a grupos enormes, mesmo que nem todos tenham se convertido.

 

Por outro lado, em um século, o número de cristãos na África cresceu 67 vezes, saltando de 7 milhões em 1900, para 470 milhões em 2010. Por outro lado, no mesmo período, o número de muçulmanos passou de 11 milhões para 234 milhões. A percentagem de adeptos às religiões primitivas das tribos caiu de 76% para 13% em 110 anos.

 

Islamismo

 

A religião que oferecerá maior resistência à divulgação do Evangelho será a muçulmana. Hoje, os jovens adeptos ao islamismo já representam uma fatia maior dentro da religião do que os jovens representam para o cristianismo. Segundo o CSGC, os jovens são 34% dos muçulmanos, enquanto no cristianismo esse número é de 27%.

 

Outro dado importante é a taxa de natalidade entre os muçulmanos: ao longo da vida, as mulheres seguidoras de Maomé têm, em média, 3,1 filhos, contra 2,7 das mulheres cristãs, de acordo com oChristianity Today.

 

Dentro desse cenário, o CSGC prevê que, em 2050, o islamismo poderá ter mais adeptos do que o cristianismo. No entanto, o instituto alerta que essas perspectivas podem mudar, com eventos extraordinários, ou com dedicação dos missionários em evangelizar países com alto índice demográfico, como China e Índia, que hoje figuram das listas de maiores perseguidores aos cristãosl.

 

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