Goiânia poderá ter um feriado para homenagear os evangélicos. Os vereadores da Câmara Municipal aprovaram no dia 24 um projeto do vereador Anselmo Pereira (PSDB) que considera como utilidade pública o Instituto Educacional Conceito de Meio Ambiente, Cultura e Saúde (IECMACS).
Contudo, havia uma emenda – o chamado jabuti – que previa a oficialização do dia 17 de agosto como feriado municipal. Ela foi incluída pelo vereador Deivison Costa (PTdoB), relator da matéria na Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia. Além de uma dia remunerado sem trabalhar, a prefeitura teria de “assumir as despesas com a realização de eventos comemorativos à data, bem como promover a divulgação nos órgãos de comunicação da cidade”.
Alguns vereadores afirmaram não ver problema em homenagear os evangélicos, mas discordaram da forma como foi feita a aprovação. Também não creem que seria necessário decretar feriado.
Deivison justifica: “Temos vários feriados de outras religiões. Nós evangélicos somos 30% desta cidade e também temos direito”. Ele argumenta que alguns setores da economia seriam beneficiados, principalmente o turismo.
Por outro lado, o vereador Djalma Araújo (Rede), lembra que existe um projeto de lei de sua autoria homenageando os evangélicos em 17 de agosto, já aprovado e sancionado. Contudo, não prevê um novo feriado.
O político acredita que a ideia de Deivison de criar mais um feriado não será sancionada pelo prefeito Paulo Garcia, pois o município tem um limite de feriados que podem vigorar no calendário oficial.
Araújo protesta: “É uma afronta à legislação local. Esse feriado extrapola o limite de nove estabelecido em lei superior. Não tenho nada contra evangélicos, eles têm uma importância muito grande na vida das pessoas, mas o Estado é laico. Depois vão querer criar feriados para maçons, católicos, umbandistas, entre outros”.
Presidente da bancada evangélica no Congresso discorda
Ouvido sobre o assunto, o deputado federal João Campos (PRB/GO), que além de pastor da Assembleia de Deus também é presidente da Frente Parlamentar Evangélica, disse não concordar. A criação de feriados não é uma demanda do segmento evangélico, enfatiza.
“Não sou contra que se tenha uma data comemorativa. Agora, quanto a estabelecer que é feriado, sou radicalmente contra, é um excesso”, asseverou ao Jornal Opção. “Sou a favor de é acabar com feriados, tem feriado demais no Brasil”, reiterou.
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