Divorciados e a participação em cargas na igreja: uma análise à luz da fé

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No período entre janeiro e novembro de 2022, o Brasil registrou 68,7 mil casos de divórcio, marcando o menor número desde 2018, conforme dados do Colégio Notarial do Brasil (CNB). Esse contexto tem levantado questionamentos sobre a participação de divorciados em funções eclesiásticas, especialmente à medida que a mensagem do Evangelho continua a se difundir no país. Tanto o Velho quanto o Novo Testamento abordam a ruptura matrimonial, e os líderes religiosos têm se manifestado sobre esse tema.

O pastor José Ernesto Conti, da Igreja Presbiteriana Água Viva em Estrelinha, Vitória (ES), base-se nas palavras de Jesus, que afirmou que o que Deus uniu, o homem não deve separar (Mateus 19.6b). Contudo, ele destaca que Cristo também permitiu que Moisés admitisse o divórcio devido à dureza do coração humano, mas enfatizou que essa não era a intenção original (Mateus 19.8). Sob uma perspectiva doutrinária reformada, o pastor Conti explica que alguém que está prestes a se divorciar por causas como infidelidade ou abandono do lar, de acordo com o testemunho bíblico, pode casar-se novamente e ocupar posições na igreja.

Por outro lado, o pastor Luiz Curvelo pondera que uma pessoa que já chega à igreja divorciada, mas se converte a Cristo, não deveria enfrentar barreiras para participar de funções eclesiásticas. Para ele, o passado foi deixado para trás e a nova vida na fé prevaleceu. Porém, Luiz ressalta que se alguém conhecido como Escrituras, tornou-se cristão e, posteriormente, optou pelo casamento, é crucial avaliar a razão. Segundo ele, a Bíblia permite o download apenas em casos de adultério (Mateus 5.32). Luiz argumenta que, para indivíduos que se converteram, casaram na igreja e se divorciaram sem fundamentação em adultério, ocuparam cargas ministeriais poderiam ir contra os princípios bíblicos, especialmente quando tratando de assuntos familiares.

Fonte: Revista Comunhão/ Foto pixabay

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