Em Angola, vice-presidente Mourão pede fim das tensões na Igreja Universal

O vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, fala à imprensa, após a terceira reunião do colegiado, no Palácio Itamaraty em Brasília

Durante agenda em Angola, o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão (PRTB), pediu um arrefecimento das tensões dentro da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), que já levaram à suspensão da direção de origem brasileira e criaram tensão política entre os dois países.

Mourão afirmou que o governo brasileiro gostaria que se chegasse a um consenso entre as duas partes. Há um embate entre a direção brasileira da Universal — fundada e liderada pelo bispo Edir Macedo —, e bispos e pastores angolanos que se rebelaram, desde o final de 2019, passando a contestar o comando geral da igreja.

“O governo brasileiro gostaria que se chegasse a um consenso entre essas duas partes e que o Estado angolano recebesse a delegação parlamentar brasileira que quer vir aqui para tentar chegar a um acordo e a um ponto em que se arrefeça as diferenças que ocorreram”, pediu Mourão.

Recentemente, governo angolano reconheceu a direção angolana como a legítima representante da instituição religiosa no país. Sem terem seus vistos renovados, muitos pastores e bispos brasileiros saíram da Angola. Também houve suspensão da televisão evangélica Record.

Segundo Mourão, esta divisão interna criou um problema “no plano espiritual”, mas também “no plano político”. Ele defendeu a busca por “uma pacificação, apesar de não ser um assunto” que envolva diretamente o governo brasileiro. Trata-se de uma “questão mais privada”, concluiu.

Em entrevista à Agência Lusa, Mourão disse que o problema da Igreja Universal em Angola afeta o governo e a sociedade brasileira.

“Essa questão da Igreja Universal aqui afeta o governo e a sociedade brasileira pela penetração que essa igreja tem e pela participação política que ela possui [no Brasil], com um partido que é o Partido Republicano, que representa o pessoal da igreja”, explicou Hamilton Mourão em entrevista à Agência Lusa na sexta-feira (16/7).

Fonte: Metrópoles-Foto- Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasilia

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