Entenda o caso de Justiça que pode levar Neymar à prisão

RTEmagicC_7c2dd51dcc.jpgA novela da transferência de Neymar para o Barcelona em 2013 ganhou capítulos novos e bombásticos nesta quarta-feira. O Ministério Público e a DIS pediram a prisão do atacante por conta de uma suposta ilegalidade na negociação.

 

O fundo de investimentos pede que o jogador fique impossibilitado de atuar por cinco anos, mesmo período de detenção requerida. A empresa também pede a prisão do pai do craque, do ex-presidente do Santos, Odilio Rodrigues, e do ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell. A Promotoria espanhola, por sua vez, dois anos de prisão ao craque, além de uma multa de 10 milhões de euros (aproximadamente R$ 40 milhões).

 

Como tudo começou…

 
A família de Neymar é acusada de omitir o valor verdadeiro da transação do craque brasileiro para o Barcelona em 2013. Na época, foi anunciado que o valor da venda do jogador foi de 17,1 milhões de euros (R$ 60 milhões). A DIS detinha 40% dos direitos do brasileiro, o Santos 55% e a Teisa 5%.

 

De acordo com a Audiência Nacional espanhola, contudo, o valor total da negociação foi de ? 83,3 milhões (cerca de R$ 293,8 milhões na cotação atual). O Barcelona pagou 40 milhões de euros diretamente para a empresa N&N, dos pais do jogador. No entendimento da DIS, essa quantia fazia parte da negociação e, portanto, deveria ser repartida de acordo com a porcentagem de direito de cada parte. A promotoria, por sua vez disse entender que a negociação direta com a empresa dos pais do jogador violou o regulamento de transferências da Fifa.

 

No processo com o fisco espanhol, o clube catalão se declarou culpado e pagou uma multa de ? 5,5 milhões (R$ 19,4 milhões) por erro de planejamento fiscal na contratação do atacante. A ação do fundo de investimentos que levou Neymar e seu pai ao tribunal, porém, acabou sendo arquivada em julho.

 

Em setembro, o processo foi reaberto atendendo um recurso do Ministério Público espanhol junto com a Federação das Associações de Atletas Profissionais (FAAP) e o grupo de investidores DIS. A Audiência Nacional, inclusive, avaliou que há indícios de corrupção nas condições de transferência.

 

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