“Estado Islâmico deve ter seu acesso à internet bloqueado”, diz executivo do Google

4356c211-8caf-42be-87e5-766d343ee6ceUm alto executivo do Google sugeriu que o acesso do Estado Islâmico à internet deveria ser bloqueado, para que o grupo terrorista não usasse mais a web como uma plataforma para sua propaganda extremista.

 

Ao falar no Instituto Real de Assuntos Internacionais ‘Chatham House’, em Londres na semana passada, o chefe de ideias do Google, Jared Cohen sugeriu que o EI se aproveitou de plataformas de mídia social como uma ferramenta de recrutamento, especialmente para os jovens, os ocidentais que estariam vulneráveis às propostas de filiação ao grupo.

 

Cohen disse que uma “vitória de curto prazo” contra este problema seria restringir o acesso do Estado Islâmico à “dark web”, tornando assim mais difícil que os usuários da Internet pudessem entrar em contato com a organização terrorista e pudessem ser recrutados para se juntar ao grupo.

 

A “dark web” é uma parte da Internet que requer um software criptografado especial e também uma autorização para ser acessada. Geralmente, esta área não é acessível para um usuário regular.

 

“O que o Estado Islâmico está fazendo é o reflexo dos tempos, ao contrário de algum tipo de nova sofisticação que tenha surgido de forma mágica”, acrescentou Cohen. “O que é novo nisto tudo é que eles estão operando sem qualquer restrição, na mesma Internet que todos nós usamos. Então, poderia ser uma vitória contra o grupo se pudéssemos contê-los à ‘dark web”.

 

O EI tem usado a Internet a seu favor, criando cada vez mais contas de mídia social para dar a ilusão que tem mais seguidores que o número real e para recrutar jovens em outros países.

 

Em 2015, o Departamento de Segurança Interna do FBI emitiu um comunicado, alertando que o Estado Islâmico tinha criado uma campanha de recrutamento para a juventude ocidental, que estava presente em vários canais de mídia social.

 

O Departamento de Segurança Interna do FBI alertou aos pais que permancessem vigilantes com a utilização da Internet por parte de seus filhos e os contatos destes.

 

Têm ocorrido vários incidentes de adolescentes que fogem de suas casas para se juntar ao Estado Islâmico. Em fevereiro de 2015, três jovens muçulmanos britânicos fugiram para o Oriente Médio, depois de serem recrutados pelo grupo terrorista em um canal de mídia social.

 

Thomas Berg, um ex-coronel do Exército dos EUA, disse anteriormente que os adolescentes ocidentais estão recebendo a proposta do EI com uma versão “romantizada”, mas irrealista, sobre o que está acontecendo no Oriente Médio.

 

“A menos que [os pais] estejam dispostos a monitorar o acesso de seus filhos – jovens de 17, 18, 19 anos de idade – à Internet, eles não vão saber a quê eles estão sendo expostos e como eles podem para reagir a isto”, disse Berg Teen Vogue, em novembro de 2015. “As ideias que estão sendo enviadas pelo EI são sofisticadas no sentido de que eles retratam um ideal romântico de alguma coisa, a natureza de uma obrigação ou dever religioso presente na ‘jihad’ (‘guerra santa’)”.

 

Berg é o advogado de defesa de Asher Abid Khan, que foi acusado de conspiração e tentativa de fornecer apoio material ao Estado Islâmico depois que ele viajou para a Turquia em 2014 para juntar-se à organização terrorista, mas finalmente decidiu voltar para casa antes de se encontrar com os militantes.

 

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