Evangelização no presídio de Feira de Santana está suspensa; Diretor da unidade revela os motivos

Detentos do conjunto penal de Feira

O diretor do Conjunto Penal de Feira de Santana (BA), Júnior Freitas, esclareceu à reportagem da rádio Subaé, os motivos da suspensão do evangelismo na unidade prisional que abriga mais de 1800 presos. Ele destacou que, embora a religião sempre tenha sido uma parceira importante na unidade, houve uma pausa temporária devido a um movimento interno no final do mês passado.

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Segundo Freitas, a prática do evangelismo dentro do presídio ocorre de forma organizada. As entidades religiosas interessadas em realizar pregações devem enviar um ofício, e a direção do presídio agenda um dia específico para cada grupo, geralmente às segundas, terças e sábados. O evangelismo é aberto a todas as denominações religiosas presentes na unidade, como católicos, cristãos e protestantes.

Diretor do Conjunto Penal de Feira de Santana (BA), Júnior Freitas

“Não há restrições quanto à idade ou tempo de prisão dos detentos que desejam participar dos cultos. O tempo médio de cada culto é de cerca de 2 horas, e após as pregações, os presos costumam manifestar um sentimento de renovação e solicitar mais momentos de oração e reflexão espiritual”, destacou. Ouça a entrevista

Verificação

A reportagem apurou também que a suspensão da evangelização não tem relação com a recente resolução do CNPCP que proíbe o evangelismo em presídios do Brasil, conforme publicado pelo Governo Federal.

Esclarecimento

Em conversa por telefone com um representante da categoria dos policiais penais esclareceu que a medida não se trata de uma paralisação ou movimento grevista, mas sim de uma decisão deliberada em assembleia, pois a categoria está há um bom tempo aguardando a realização de um concurso público.

Segundo o sindicalista, a categoria decidiu, em assembleia realizada no último dia 25 de abril, não mais realizar horas extras. Essas horas extras eram realizadas após o plantão ordinário de 24 horas e eram consideradas essenciais para o funcionamento das unidades prisionais baianas. No entanto, a categoria sentia que não estava sendo devidamente recompensada por esse trabalho adicional.

“A decisão de suspender as horas extras teve como objetivo mostrar ao governo a realidade das unidades prisionais, evidenciando que elas não conseguem funcionar sem esse trabalho adicional. A suspensão das horas extras impactou significativamente na rotina da unidade, com alguns atendimentos que não puderam ser realizados devido ao baixo efetivo”, explicou.

Portal Cidade Gospel- Denivaldo Costa (Rádio Subaé) e fotos reprodução PCG

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