Feliciano chama Duvivier de covarde, mas diz que ora por ele

O deputado Marco Feliciano (PSC/SP) entrou o ano sendo atacado mais uma vez pelo humorista Gregório Duvivier. Em texto, ele debocha dos cristãos que o criticam e ridiculariza o deputado, mas sem mencioná-lo pelo nome, uma estratégia para que o jornal não seja obrigado a conceder o direito de resposta.

 

Feliciano decidiu gravar um vídeo desmascarando Duvivier e pediu o apoio de “todos os cristãos e as pessoas de bem”. Em cerca de quatro minutos o deputado conservador denunciou a covardia do ator e expôs a hipocrisia dos membros da chamada “esquerda caviar”.

 

Classificou o material da coluna publicada no jornal Folha de São Paulo ontem de “mal redigido, fétido e insípido”. O deputado também disse ter percebido que a grande repercussão de seus vídeos é sinal que ele “realmente incomoda”. Destacou que sua recente denúncia contra a rede Globo, mostrando como a emissora oferecia “curso para bandidos”, gerou uma reação da TV mais importante do país.

 

O contraponto estabelecido por Feliciano é que Gregorio Duvivier vem de uma família abastada, enquanto ele é “somente o filho da dona Lúcia, empregada doméstica, sem nome de pai na certidão de nascimento”. Enquanto o ator “aos 9 anos já estudava teatro, enquanto eu cortava cana-de-açúcar”, alfinetou.

 

Em tom de desabafo, disse que ao ridicularizá-lo, Duvivier está “debochando dos brasileiros e da fé cristã”. Para Feliciano, o texto do líder do Porta dos Fundos é “um verdadeiro esgoto moral”.

 

“Eu não me escondo nas entrelinhas como faz o menino riquinho”, garantiu o pastor, que sofre sistematicamente ataques dos movimentos de esquerda com os quais o humorista se alinha publicamente. “Esquerdinha caviar e mamador das tetas da Lei Rouanet”, disparou, lembrando dos R$ 7,5 milhões aprovados para captação do filme “Porta dos Fundos — Contrato Vitalício” durante o governo Dilma.

 

Em sua análise do texto publicado na Folha, Feliciano lembrou que Duvivier fala de corrupção, mas tem vários “amigos presos na Papuda ou em Curitiba” e que, ao comparar a bancada evangélica com os radicais muçulmanos, “demonstra um pérfido desprezo pelos ataques terroristas” que tem os cristãos como alvo preferencial.

 

Ao mesmo tempo, lembrou que o Deus que o ator chamou de “pequeno” na Folha, é “grande, misericordioso e lhe dá tempo de se arrepender”.

 

Anunciou que irá acionar o Ministério Público e a polícia para que investiguem o crime de “vilipêndio à fé e culto”, previsto no artigo 208 do Código Penal.

 

Terminou mandando um recado para Duvivier: “Oro a Deus pra que ele tenha piedade da sua vida”.

 
Gospel Prime

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