Feliciano expõe contradições de Caetano Veloso e rebate “preconceito” no Pânico: “Não me envergonho do Evangelho”

O pastor Marco Feliciano (Podemos-SP) à rádio Jovem Pan, e comentou algumas das polêmicas que se envolveu recentemente, incluindo o processo movido contra ele por Caetano Veloso, por causa da polêmica envolvendo estupro de vulnerável. Dentre outros assuntos, o deputado federal cravou: “Não me envergonho do Evangelho de Cristo”.

 

Os humoristas do Pânico relativizaram o fato de Caetano Veloso ter transado com Paula Lavigne quando ela tinha 13 anos de idade, e ele, 40. O relato sobre a relação sexual entre os dois foi feito pela própria produtora, que hoje é casada com o cantor, em uma entrevista concedida à revista Playboy, anos atrás.

 

A polêmica surgiu durante o grande embate social que se formou em torno da exposição “Queermuseu – cartografias da diferença na arte da brasileira”, promovida pelo banco Santander e acusada de fazer apologia à ideologia de gênero, zoofilia, pedofilia e outros conceitos morais relativizados e defendidos pela ala progressista da sociedade.

 

“Não sou eu quem diz, é a lei”, enfatizou Feliciano, ao afirmar que a relação sexual entre um maior de idade e uma adolescente menor de 14 anos é estupro de vulnerável. A reação dos integrantes da bancada foi de oposição a Feliciano, alegando que anos depois Caetano Veloso se casaria com Paula Lavigne.

“Eu sou deputado. Eu sou protetor da Constituição Federal. Crio leis e as protejo. Se as leis estão erradas, vamos consertar”, rebateu o pastor, afirmando que tem uma filha de 13 anos de idade e que se um adulto transasse com ela, iria levar o caso adiante como estupro.

 

“Eu fiz um questionamento [se Caetano Veloso deveria ser punido pelo crime de estupro de vulnerável]. Eu, como parlamentar, tenho imunidade de fala. Eu questionei. Ele é uma pessoa pública, em que as pessoas se espelham, e ele contou com requinte de orgulho que fez sexo com uma menina de 13 anos. Hoje, a lei diz que isso é crime”, defendeu o pastor.

 

Na conclusão de seu raciocínio sobre o assunto, Feliciano voltou a chamar atenção para a conduta do artista baiano: “Ele que foi o paladino contra a censura, censurou a minha pergunta e me processou”.

 

Evangelho

 

O programa suscitou uma polêmica envolvendo o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), que se ausentou da cidade para uma viagem oficial à Europa durante o Carnaval. No período, a cidade sofreu com chuvas intensas e todas as complicações que um vendaval acima da média causa a uma cidade com a topografia e infraestrutura do Rio de Janeiro.

 

Feliciano pontuou que existe um preconceito contra Crivella por ele ser evangélico – e bispo da Igreja Universal do Reino de Deus. “Alguém sabe a religião do prefeito de São Paulo? A do Rio de Janeiro, todos sabem”, disse, construindo o raciocínio de que tudo feito por Crivella é analisado pelo viés de sua crença.

 

Questionado a respeito da relação dos evangélicos com o Carnaval, Feliciano disse que Crivella “seria um hipócrita, pregando contra o carnaval a vida toda”, e participando da festa depois de eleito. Como exemplo, citou Anthony Garotinho (PR), que no período em que foi governador do Rio de Janeiro, não participou da festa.

 

Marco Feliciano foi além, e disse que o carnaval destrói famílias, gera filhos fora do casamento e impulsiona o consumo de drogas e abuso de bebidas alcoólicas. “Essa é a visão do pastor”, disse ele.

 

Sobre a rotulação que se faz sobre os evangélicos, Feliciano enfatizou que isso é uma forma de gerar uma impressão negativa, mas isso não o abate: “Todas as vezes que alguém que é evangélico – principalmente que é praticante, como eu – as pessoas tentam de rotular. Lá em Brasília o pessoal da esquerda, insistem [nisso]. ‘Está aqui o pastor’. Eu não tenho vergonha nenhuma de ser pastor. Não me envergonho do Evangelho de Cristo. Mas eles fazem isso num tom de demérito”, concluiu.

 

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