Fisioterapia ambulatorial ajuda no desenvolvimento de bebês prematuros no Hospital da Mulher

Do total de 120 crianças que realizam tratamento fisioterapêutico através do Hospital Inácia Pinto dos Santos (HIPS), o Hospital da Mulher, 90 bebês são prematuros e necessitam deste tipo de acompanhamento especializado, o que representa uma média de 15 a 20 atendimentos por dia.

 

A fisioterapia para crianças, de acordo à especificidade patológica, é fundamental para o desenvolvimento motor e respiratório, e possibilita para a melhora das funções e da aquisição de independência.

 

O coordenador da equipe de fisioterapia do Hospital da Mulher, André Neves, afirma que o tratamento é realizado diariamente na UTI Neonatal e ofertado em dias alternados no Ambulatório. O atendimento é por ordem de chegada e funciona pela manhã (8h às 12h) e pela tarde (14h às 18h), ou ainda através do telefone (75) 3602-7125.

 

“Têm bebês que não possuem patologia associada, então fazemos acompanhamento e desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM), estimulando e acompanhando como ele está se desenvolvendo. Também, existem bebês com patologia associada que necessitam de tratamento mais intenso, com acompanhamento mais de uma vez na semana”, explica Neves.

 

Ele detalha que o atendimento ambulatorial no HIPS utiliza equipamentos como bola, rolo, brinquedos para estimular o desenvolvimento da criança, além de trabalhar de forma lúdica através do uso de luzes, cores e sons. “Tudo isso visa chamar atenção do recém-nascido”, ressalta o fisioterapeuta.

 

Por outro lado, é necessário também o acompanhamento familiar em todo o processo, desde os exercícios realizados no hospital até os que são feitos em casa. A mãe de Pedro Julian Machado, de 5 meses de idade, Nathalia Machado, relata que o filho começou a fazer fisioterapia desde os 10 dias de vida por conta da lesão do plexo braquial (conjunto de nervos) durante o parto.

 

“No início foi bem difícil a adaptação porque ele não movimentava os braços. Mas com o início da fisioterapia e vê-lo levantar o braço sozinho foi maravilhoso,…nossa, ajudou bastante”, revela emocionada.

 

Para a enfermeiranda Árgila Gonçalves de Carvalho Santana, mãe de Maria Alice Santana de Oliveira, outra participante da oficina, ressalta que o trabalho realizado por fisioterapeutas no Hospital da Mulher auxilia principalmente no tratamento realizado em casa.

“Maria evoluiu muito rápido graças à fisioterapia. Os exercícios atendem a real necessidade do prematuro que precisa diariamente dessa atividade que aprendemos aqui no hospital”.

 

A presidente da Fundação Hospitalar de Feira de Santana (FHFS), Gilberte Lucas, reconhece a importância do trabalho ser oferecido para a população diretamente no Ambulatório.

 

“É essencial oferecermos o serviço de fisioterapia no atendimento ambulatorial, pois mensuramos os resultados imediatos no desenvolvimento das crianças, principalmente os recém-nascidos”.

Calça de posicionamento

 

Outra alternativa terapêutica utilizada por profissionais de fisioterapia, no Hospital da Mulher, para o auxílio do desenvolvimento da criança prematura são as conhecidas ‘calças de posicionamento’.

A técnica consiste no uso de calças jeans preenchidas com espumas e costuradas nas extremidades das pernas e da cintura. Essa espécie de almofada trabalha a postura e desenvolve o lado motor do bebê, além de favorecer a estabilidade, equilíbrio, controle do tronco e da cervical.

A oficina, implantada desde novembro do ano passado no HIPS, já foi realizada duas vezes na unidade de saúde e promove troca de experiências entre as mães.

Segundo a fisioterapeuta Lilia Oliveira, responsável pela adaptação da oficina para as crianças nascidas prematuramente, o momento funciona como espaço de demonstração de exercícios que podem ser executados em casa com a criança, como colocar de barriga para baixo, de lado e também exercícios que fortalecem a cabeça e o tronco.

“A calça de posicionamento ajuda no estímulo motor, sensorial, ajuste no posicionamento. Então, mostro os exercícios de acordo com a idade do bebê e a mãe realiza em casa”, explica Lília.

 

A especialista também frisa que o ato de confecção da calça pela mãe durante a realização da oficina e a permissão para levar para casa também é um estímulo à continuidade dos exercícios passados.

 

A presidente da Fundação Hospitalar de Feira de Santana (FHFS), Gilberte Lucas, reconhece a importância do trabalho desenvolvido e oferecido para a população diretamente no Ambulatório, uma referência no HIPS.

 

“É essencial oferecermos o serviço de fisioterapia no atendimento ambulatorial, pois sabemos do resultado imediato para o desenvolvimento das crianças, principalmente os recém-nascidos”.

 

Secom

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