Gleisi Hoffmann: Jesus não morreu por nossos pecados; suas causas eram índios e MST

Senadora Gleisi Hoffmann, em sessão em Brasília 29/6/2016 REUTERS/Adriano Machado
Senadora Gleisi Hoffmann, em sessão em Brasília
29/6/2016 REUTERS/Adriano Machado

A tentativa do Partido dos Trabalhadores (PT) de se aproximar do público evangélico, visando reverter o quadro que levou à derrota nas últimas eleições levou a deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente da legenda a negar o propósito da morte de Jesus Cristo.

 

Não é de hoje que a esquerda faz uso político da figura de Jesus, e durante o último final de semana, Gleisi Hoffmann compartilhou uma imagem no Facebook em que garante que a morte na cruz serviu inspirar movimentos apoiados pelo PT.

 

“A ressurreição está nos que lutam: índios, sem-terras, pobres, trabalhadores, as verdadeiras causas do Cristo ressuscitado”, dizia o texto na imagem publicada por Gleisi Hoffmann.

 

A negação de que a vida e ministério de Jesus, e sua morte na cruz tenham ocorrido pelo propósito de reconciliar o homem com Deus através da expiação dos pecados é uma das evidências de que, para a militância de esquerda, tudo deve ser usado em prol de sua causa política.

 

A deputada paranaense, que responde a três inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), também compartilhou um artigo escrito pelo frade Alberto Maggi e traduzido por Francisco Cornélio no portal Brasil de Fato, falando que “Jesus não morreu pelos ‘nossos pecados’ e sim por enfrentar o sistema”.

 

No Facebook, Gleisi Hoffmann usou uma frase do texto de Maggi: “Os Evangelhos são claríssimos: Jesus morreu porque confrontou o Templo, um sistema de dominação e exploração dos pobres”.

 

O artigo do frade italiano termina por negar o propósito da expiação dos pecados para que a Salvação estivesse ao alcance dos que entregam sua vida a Jesus Cristo. “Basta ler os Evangelhos para ver que as coisas são diferentes. Jesus foi assassinado pelos interesses da casta sacerdotal no poder, aterrorizada pelo medo de perder o domínio sobre o povo e, sobretudo, de ver desaparecer a riqueza acumulada às custas da fé das pessoas”.

“A morte de Jesus não se deve apenas a um problema teológico, mas econômico. O Cristo não era um perigo para a teologia (no judaísmo havia muitas correntes espirituais que competiam entre si, mas que eram toleradas pelas autoridades), mas para a economia. O crime pelo qual Jesus foi eliminado foi ter apresentado um Deus completamente diferente daquele imposto pelos líderes religiosos, um Pai que nunca pede a seus filhos, mas que sempre dá”, alega Maggi.

 

Ao final, o frade expressa incredulidade com o Plano da Salvação, e usa o sacrifício de Jesus como bandeira de doutrinação na ideologia de esquerda, reverberando – de forma indireta – um conceito cada vez mais presente na compreensão de mundo progressista, a de que não existe certo e errado: “Jesus não morreu pelos nossos pecados, e muito menos por ser essa a vontade de Deus, mas pela ganância da instituição religiosa, capaz de eliminar qualquer um que interfira em seus interesses”, afirma Alberto Maggi.

 
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