Além das medidas preventivas tradicionais que impedem a reprodução do mosquito aedes aegypti, as mulheres grávidas também devem colocar mosquiteiro sobre a cama e usar repelente à base de citronela. Os epidemiologistas suspeitam que o zika vírus, uma das doenças transmitidas pelo inseto – as outras são a dengue e a chikungunya, pode estar associado ao surto de microcefalia que atinge alguns estados nordestinos.
Outro produto que as mulheres devem ter sempre à mão é a raquete que dá descarga elétrica no inseto, quando nele tocada, matando-o imediatamente. Água parada, sempre usada pelo mosquito como depósito dos seus ovos, deve ser evitada.
A enfermeira Maricélia Maia, referência da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Feira de Santana, usa parte de um antigo e eficiente ditado popular para definir a situação: “é melhor prevenir”, afirma. A outra parte do adágio, que é remediar, no caso de microcefalia, não existe. “Na desconfiança é melhor que as mulheres grávidas tomem suas medidas preventivas pessoais. Todo cuidado é pouco”.
Desconfia-se que o problema surge no primeiro trimestre de gravidez. O vírus passa da mãe para o filho através da placenta. “Mas a mulher deve procurar orientação médica”, orienta a enfermeira.
Os principais sintomas da doença provocada pelo zika vírus são febre intermitente, erupções na pele, coceira e dor muscular. Os sintomas, que aparecem dez dias depois da picada do mosquito, geralmente desaparecem espontaneamente em um período de 3 até 7 dias. “A mulher que estiver grávida e apresentar estes sintomas devem procurar orientação médica”, informa Maricélia Maia.
Secom