Marcelo Crivella admite proibição de peça com Jesus travesti, no Rio

O prefeito Marcelo Crivella voltou a afirmar, nesta quarta-feira, que não admitirá a exibição de espetáculos ou mostras “que ofendam a religião das pessoas” em espaços da prefeitura.

 

Em entrevista ao jornal O Globo, admitiu que a decisão para a suspensão da peça “O Evangelho segundo Jesus, Rainha do Céu” foi sua iniciativa.

 

“Se você considera censura, eu vou dizer a você que é. É uma censura que garante os direitos de liberdade religiosa e das pessoas não serem ofendidas na sua liberdade religiosa. Não chamo isso de censura”, afirmou Crivella.

 

Ele disse ainda que enquanto ele for prefeito, nos espaços públicos administrados pela prefeitura, não será permitido qualquer manifestação que ofenda a religião das pessoas.

 

“Enquanto eu for prefeito, nos espaços públicos administrados pela prefeitura, nós não permitiremos qualquer manifestação que ofenda a religião das pessoas”, reiterou ele durante a abertura dos Jogos Estudantis no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca.

 

A peça teatral “O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu”, protagonizado pela transexual Renata Carvalho, que mostra Jesus Cristo como travesti, irritou os movimentos conservadores do Brasil e chegou a ser cancelado pela Justiça em Jundiaí (SP) e Salvador (BA).

 

A peça seria encenada no Rio de Janeiro neste fim de semana na Arena Fernando Torres, no Parque Madureira. O local abrigaria também a mostra “Corpos Visíveis”, com atividades para discutir identidade de gênero, feminismo e diversidade sexual na periferia.

 

Na semana passada, Crivella divulgou um vídeo nas redes sociais comentando a suspensão do espetáculo.

 

Marcelo Crivella, que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, já havia vetado a exposição “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira”, programada para o Museu de Arte do Rio (MAR), após o evento ser atacado em Porto Alegre por, segundo os movimentos, incentivar a zoofilia e pedofilia.

 

 

Com informações de UOL e O Globo

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