Meta desenvolve Inteligência Artificial baseada na Bíblia para reconhecer mais de 4.000 idiomas

Logo da Meta, empresa responsável por Facebook, Instagram e WhatsApp (Foto: Canva Pro)

A Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, alcançou um avanço significativo no desenvolvimento de inteligência artificial. Através de modelos avançados, eles conseguiram criar um sistema capaz de identificar mais de 4.000 idiomas, incluindo 1.100 que podem ser reconhecidos quando falados em voz alta, tudo com base em dados da Bíblia.

Essa conquista representa um salto de 40 vezes em relação a tecnologias anteriores. A empresa, por trás das plataformas populares de mídia social, vê esse avanço como uma forma de preservar idiomas que correm o risco de desaparecer.

Os modelos de fala em massa multilíngue (Massively Multilingual Speech – MMS) desenvolvidos pela Meta têm como objetivo facilitar o acesso à informação e o uso de dispositivos em diferentes idiomas, de acordo com as preferências das pessoas.

A empresa está disponibilizando o software de acesso aberto, permitindo que outros pesquisadores possam construir sobre esse trabalho.

“Coletar dados de áudio para milhares de idiomas foi nosso primeiro desafio, uma vez que os maiores conjuntos de dados de fala existentes abrangem no máximo 100 idiomas. Para superar isso, recorremos a textos religiosos, como a Bíblia, que foram traduzidos para muitos idiomas diferentes e amplamente estudados para pesquisa em tradução de linguagem baseada em texto”, explica a Meta.

A empresa utilizou dados da Bíblia para treinar os modelos, já que ela foi traduzida em várias línguas e suas traduções são amplamente estudadas. Foram criados dois conjuntos de dados, um contendo gravações de áudio do Novo Testamento e seu texto correspondente em 1.107 idiomas diferentes, fornecendo em média 32 horas de dados por idioma. O outro conjunto incluiu gravações sem rótulo de leituras religiosas cristãs.

É importante ressaltar que, embora os dados de áudio utilizados sejam de natureza religiosa, a análise da Meta mostra que isso não influencia o modelo a produzir uma linguagem mais religiosa.

A Meta tem planos de expandir a cobertura do MMS para suportar ainda mais idiomas no futuro, além de enfrentar o desafio de lidar com dialetos, o que muitas vezes é uma tarefa difícil para a tecnologia atual de reconhecimento de fala.

Fonte: Evangélica Focus, e  Folha Gospel

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