Mototaxistas de Feira agora contam com alvará de funcionamento

Os mototaxistas legalizados de Feira de Santana obtiveram a concessão do alvará de funcionamento, fruto de um pedido da categoria feito há mais de oito anos. Esta e outras questões foram discutidas durante assembleia da categoria realizada no último sábado (28), no Colégio Municipal Joselito Amorim.

 

Mesmo tendo uma atuação evidente no sistema de transporte coletivo da cidade, o grupo dos mototaxistas apresentava algumas pendências, que foram tratadas durante o evento. De acordo com a presidente do sindicato da classe, Ulda Barros, assuntos como a padronização e fardamento estiveram em pauta. “Depois de algumas colocações ficou definido que a padronização das motos e o nosso fardamento não sofrerão alterações, mesmo porque as cores são alusivas a bandeira do município. Isso não vai implicar em novos custos para a categoria”, explicou.

 

Outro ponto discutido foi a criação de um aplicativo (TXM) onde o valor da corrida será gerado. “A questão do valor cobrado de tarifa sempre foi algo que causou muita polêmica, inclusive se buscou a criação de um motocímetro, mas a ideia não foi adiante e agora vamos estar acompanhando a modernidade com um aplicativo específico que dará maior credibilidade às cobranças das corridas realizada”, informou a dirigente.

 

Uma questão também abordada foi a possibilidade do aumento do número de vagas, que atualmente contemplam 500 pessoas. “Estamos pleiteando pelo menos mais 500 vagas, para tentar amenizar a questão da clandestinidade, mesmo porque hoje se tem uma estimativa de que mais de 5 mil pessoas atuam nesse serviço”, afirmou Ulda Barros.

 

Feira de Santana já realizou três licitações voltadas para os mototaxistas. De acordo com Ulda Barros, na última, por exemplo, somente a aquisição de uma vaga custou em média R$ 8 mil, fora a moto e a documentação. “Não somos contra a licitação, o que nós queremos é andar em paralelo com a realidade do país, onde a maioria das cidades fez apenas uma e nós já estamos chegando à terceira. Mas, com muita luta o prefeito José Ronaldo junto com o procurador e secretário eles foram sensíveis a nossa causa e está nos cedendo este alvará”, explicou a presidente.

 

A licitação é pública, então qualquer pessoa pode comprar uma vaga, inclusive uma empresa. Já com relação ao alvará, Ulda explica que há uma série de critérios: o documento é expedido no nome do proprietário limitando apenas essa pessoa a ter o direito de circular e eliminando a chance de empresários terem uma vaga e alugar, como funciona com a licitação. “Com alvará de funcionamento, eles não vão precisar pagar um preço tão caro por uma vaga e vão continuar pagando os impostos, de modo que o município continuará arrecadando e não terá prejuízos”, explicou.
FOLHA DO ESTADO

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