MP investiga peça encenada em escola com beijo gay

Ministério Público de Palmeira D’Oeste (SP), no noroeste do Estado, instaurou inquérito civil para investigar eventual desrespeito ao direito de crianças e de adolescentes em um espetáculo teatral encenado na Escola Estadual Orestes Ferreira de Toledo.

 

A peça de teatro foi apresentada na sexta-feira (23) e gerou discussão por causa de algumas cenas. Um vídeo feito por um espectador viralizou nas redes sociais

 
Nas imagens quatro atores comemoram o fato de ter passado para a próxima fase de um concurso de bandas e dois homens começam a se beijar. Logo depois, uma atriz beija um dos atores e em seguida a outra companheira de cena. Elas caem no chão e um ator sobe em cima delas. Em seguida, o outro integrante da peça chega e simula uma cena de sexo.

A peça tem o nome de “#República Muito Além Q’Entre 4 Paredes” e fez parte do Circuito Cultural Paulista. Em um folder sobre a peça, a indicação de faixa etária é de 14 anos. O espetáculo foi encenado na sexta-feira (23). Segundo a prefeitura, cerca de 60 alunos assistiram à peça, entre 14 e 17 anos.

 

Circuito Cultural Paulista

 

Em nota, a prefeitura de Palmeira D’Oeste disse que o espetáculo cumpriu uma agenda do Circuito Cultural Paulista, que é desenvolvida, aprovada e paga pelo Governo do Estado e executada pela APAA – Associação Paulista dos Amigos da Arte.

 

A nota diz ainda que a data e o horário da peça foram solicitados pelos administradores do Circuito Cultural Paulista. A prefeitura também informou que “respeita a faixa etária dada como limite para apresentação e que confia na idoneidade da administração e classificação etária feita pelo Governo do Estado”.

 

A prefeitura disse ainda que “está é a primeira vez que aconteça tal repercussão e respeitamos as opiniões dos pais quanto ao conteúdo e que, a partir desta data, passará a solicitar ao Circuito Cultural Paulista uma prévia detalhada das próximas apresentações”.

 

A companhia de teatro disse que não vai se pronunciar sobre o caso. A TV TEM entrou em contato com a APAA para dar um posicionamento, mas ainda não teve retorno.

 

Em nota, o MP disse que o promotor irá se manifestar sobre o caso somente ao final da investigação, apresentando as razões que possam sustentar o ajuizamento de uma ação judicial ou o arquivamento do inquérito civil.

 

O Ministério Público disse que irá fazer todos os esforços no sentido de “perseguir o mais absoluto equilíbrio entre o direito à liberdade de expressão e a proteção aos hipossuficientes”.

 

 

G1 COM INFORMAÇÃO TV TEM

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