MP quer que Igreja Universal construa casas populares

templo-de-salomao O Ministério Público de São Paulo (MP-ES), através da Promotoria de Justiça, Habitação e Urbanismo, quer que a Igreja Universal do Reino de Deus construa casas populares para compensar os danos causados pela construção do Templo de Salomão.

 

O órgão público tentou impedir a inauguração da obra e já até falou em demolir parte da construção por conta de uma irregularidade no alvará emitido pela Prefeitura de São Paulo. O MP-ES afirma que o megatemplo foi construído com alvará de reforma, o que impediu a cobrança de impostos no valor de 5% do total da construção, algo em torno de 35 milhões de reais.

 

O promotor Maurício Antônio Ribeiro Lopes quer que a igreja doe terrenos ou compre para construir casas populares. O número exato de imóveis e o valor total a ser desembolsado pela Igreja Universal deve ser negociado.

 

A IURD, através de sua assessoria, garante que não conhece a proposta do Ministério Público. “Reiteramos que a Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e as demais autoridades envolvidas podem confirmar que a Universal tem colaborado ativamente, atendendo todas as exigências e sugestões propostas, tanto no curso da obra quanto agora.”

 

Por diversas vezes a denominação evangélica fundada por Edir Macedo precisou negar que houve fraude de documentos durante a construção, lembrando que durante os quatro anos de obras o Templo de Salomão foi fiscalizado por diversos órgãos e que tudo aconteceu com grande transparência.

 

Segundo a revista Veja o alvará de reforma foi concedido em 22 de outubro de 2008 com autorização do setor Aprov 5 da Secretaria Municipal de Habitação, que na época era comandado pelo ex-diretor Hussain Aref Saab. Saab foi afastado do cargo em 2012 sob suspeita de enriquecimento ilícito.

 

Ainda de acordo com a publicação a Igreja Universal apresentou em 2011 o projeto modificado para a construção do Templo de Salomão, processo que foi vetado na Secretaria Municipal de Licenciamento. A IURD recorrer e o pedido segue em análise.

 

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