Os riscos à saúde humana, na reutilização de recipiente de produto químico

Desde uma simples lata de tinta, até uma ‘bombona’, qualquer recipiente anteriormente usado para armazenamento de substâncias químicas deve ter a sua reutilização evitada. É um perigo, para o ser humano. De acordo com o técnico de Segurança do Trabalho e Ambiental e consultor independente Carlos Tadeu Moraes Andrade.

 

O risco de usar de novo um desses vasos, para guardar água, por exemplo, é extremamente elevado, segundo ele, mesmo após o usuário ter realizado a sua limpeza. A advertência consta da própria embalagem desses produtos, em alto relevo ou sinalização, mas poucos a levam a sério.

 

O especialista foi convidado pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais de Feira de Santana, e pela Defesa Civil local, para fazer na cidade uma inspeção de pontos críticos de risco envolvendo as condições de logística e de riscos dessas embalagens, bem como o Transporte de Produtos Perigosos.

 

Por apenas 10 reais, é possível adquirir, no comércio, um recipiente já usado para venda de produto químico com capacidade para armazenamento de 10 litros. Por 60 reais, outro para 200 litros. O hábito de reutilização desses objetos é comum, mas na mesma proporção, algo bastante perigoso, podendo causar uma série de problemas tóxicos e até cancerígenos.

 

Limpar não adianta, pois propriedade nociva pode ser reativada em contato com a água

 

A limpeza feita pelo cidadão que adquire um recipiente que, originalmente, serviu para venda de produto químico, nunca será suficiente a ponto de viabilizar a sua reutilização, diz o técnico de Segurança do Trabalho e Ambiental e consultor independente Carlos Tadeu Moraes Andrade (foto). Portanto, águas armazenada nesses objetos sempre estarão contaminadas. “São substâncias perigosas e até mesmo cancerígenas. Algumas delas, inclusive, podem ter suas propriedades reativadas quando em contato com a água, ou seja, aumenta ainda mais a sua nocividade”, afirma o técnico.

 

Empresa geradora tem obrigação de dar destino final adequado as embalagens

 

Segundo o técnico da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais de Feira de Santana, Sérgio Aras (foto), a venda de embalagens que serviram para comércio de produtos químicos é proibida. Esses recipientes devem retornar às mãos dos seus produtores. É o que determina a medida de controle implementada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, Logística Reversa, em que ao gerador é dada a obrigação de dar destino final adequado a embalagens ou resíduos gerados pela utilização do produto.

 

Dentro do programa Jogue Limpo, sistema de logística reversa de embalagens plásticas de óleo lubrificante usadas, estruturado e disponibilizado gratuitamente pelos fabricantes associados para os pontos geradores cadastrados, são recolhidos semanalmente em Feira de Santana cerca de seis toneladas de embalagens plásticas de óleo lubrificante. Já o programa Campo Limpo, dentro da mesma lógica, recolhe embalagens de agrotóxicos. Quem precisar de informações ou desejar agendar a coleta desse tipo de produto pode ligar para a Secretaria de Meio Ambiente: 3322-9300 ou 3322-9306.

 

 

Secom

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