Padre Júlio Lancelotti crítica atropelamento de suspeito de furtar igreja: ‘Um crime não justifica outro’

Momento em que suspeito de furto é atingido pelo carro — Foto: IBTV/Reprodução

O padre Júlio Lancelotti, responsável pela Paróquia de São Miguel Arcanjo na capital paulista, fez uma postagem em seu perfil no Instagram criticando o atropelamento do suspeito de furtar uma paróquia em Santa Cruz do Rio Pardo. O atropelamento aconteceu na noite de sábado (7) e foi registrado por câmeras de segurança.

Segundo informações da polícia, um padre é suspeito de atropelar o homem com o carro que pertence à Diocese de Ourinhos. O padre Júlio Lancelotti compartilhou o vídeo no atropelamento que já teve mais de 124 mil visualizações.

Na postagem, o padre afirma que o homem atropelado é um dependente químico e afirma que “um crime não justifica o outro”.

“Carro da paróquia de Santa Cruz do Rio Pardo atropelou intencionalmente jovem dependente químico que roubou a igreja. Um crime não justifica o outro”, diz Lancelotti na postagem.

O atropelamento

Segundo o boletim de ocorrência, o homem atropelado teria furtado a casa paroquial da Igreja São Sebastião arrombando uma das janelas. Ele fugiu do local levando três moletons e uma camiseta.

O suspeito do furto foi perseguido e atropelado pelo carro que pertence à Diocese de Ourinhos, responsável pela paróquia em Santa Cruz do Rio Pardo na Avenida Tiradentes. Com impacto ele foi arrastado para dentro de uma loja de tintas que fica no local.

Os policiais militares foram acionados por testemunhas e segundo as investigações um padre estaria dirigindo o carro. Ele fugiu do local sem prestar socorro. O caso foi registrado como tentativa de homicídio e omissão de socorro. O padre ainda não foi localizado.

O homem atropelado foi identificado como Ângelo Marcos dos Santos Nogueira, de 40 anos. Ele foi levado para Santa Casa do município com ferimentos graves e segue internado na UTI do hospital.

Ele ainda estava com peças de roupas levadas da paróquia e foi preso em flagrante por furto. O homem deve passar por audiência de custódia quando receber alta.

O g1 entrou em contato com a diocese de Ourinhos, responsável pela paróquia de Santa Cruz do Rio Pardo, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

G1

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