Padre Kelmo cogita candidatura nas próximas eleições: “Padre não deve ficar reclamando e se escondendo na sacristia”

Ex-presidenciável Padre Kelmon esteve na Marcha para Jesus em Feira de Santana (BA)

No último sábado (20), o padre Kelmo esteve na Marcha para Jesus em Feira de Santana (BA) e concedeu uma entrevista exclusiva ao repórter Denivaldo Costa, da rádio Subaé.

Padre Kelmo, filiado ao PTB, recebeu mais de 81 mil votos nas eleições para presidente da República no ano passado e chamou a atenção durante o último debate entre os candidatos na TV Globo.

O padre afirmou estar pronto para ser candidato nas próximas eleições, utilizando sua popularidade. “Um padre está sempre à disposição para servir à comunidade. A política é uma maneira de servir, aliás, uma das melhores formas de servir o povo. Se o povo quiser meu nome, estarei sempre à disposição. O partido decide diante da necessidade e também da aclamação popular. Como exemplo, em Salvador, eu sou filho de lá, nasci ali”, explicou.

Ouça a entrevista 

O religioso disse ter se surpreendido com sua votação. “Eu nunca fui candidato a nada e imaginava que teria apenas 1000 votos, pois tive apenas 19 dias de campanha, era desconhecido, sem dinheiro e correndo como um louco. Só participei de dois debates, um na Globo e outro no SBT, mas valeu muito a pena”.

Lula

Questionado sobre o debate em que foi chamado de falso padre por Lula, o padre afirmou que não pensou em processar o ex-presidente, apesar de acreditar que ele mereça. “Eu falo isso porque a Justiça não funciona para ele, então não adiantaria eu processá-lo. Não vale a pena, pois todo o povo brasileiro já sabe quem ele é. Não adianta, não vale a pena”.

Sobre o governo Lula, o padre definiu-o como desordem e regresso. Segundo ele, Bolsonaro tem todas as chances, e mesmo que queiram cassar os direitos políticos do ex-presidente, estarão dando um tiro no pé.

Processo

Padre Kelmo informou que processou Dom Tito Paulo George Hanna, e aguarda a decisão da Justiça. Ele considerou as ações do arcebispo uma irresponsabilidade sem tamanho. “Como é que um arcebispo, que não conhece a história daquele padre, escreve um documento oficial me atacando, dizendo que eu não era padre e fornece munição aos jornalistas de esquerda para me atacar?”, indagou o baiano.

Globo

O padre também expressou sua opinião de que a Rede Globo é um veículo de esquerda, que promove tudo que é contrário ao cristianismo nas novelas, filmes e programas de TV, além de ridicularizar a religião.

Governo da Bahia

Ele criticou o atual gestor da Bahia, Governo Jerônimo Rodrigues, e relembrou os índices de educação que foram os piores do Brasil. “Não sabemos como um homem como Jerônimo pode ter sido eleito e estar fazendo uma má gestão na educação. Ele estava preocupado em apresentar uma playlist das músicas baianas para apresentar na China”, questionou o padre, colocando em dúvida a experiência política do professor. Além disso, ele destacou o índice de desemprego na Bahia e lamentou a violência, inclusive contra o soldado Gleidson.

Por que a política?

“Eu estou sendo padre e sendo um verdadeiro padre, mais padre do que eu vejo por aí. Padre não é para ficar reclamando e se esconder na sacristia, padre é para enfrentar esses canalhas e corruptos. O padre tem que defender o povo.”

Justiça

Questionado sobre sua confiança na Justiça, ele afirmou que alguns homens estão deixando a desejar e seria necessário a saída dessas pessoas para que a Justiça possa melhorar.

MST

O padre afirmou que o Movimento dos Sem Terras merecia ser extinto e chamou o movimento de terroristas. “Eles não produzem nada, o próprio nome já diz: Sem Terra”. Ele enfatizou que o grupo é um movimento político.

Documentos

 

O baiano de 45 anos sempre aparece vestido com batina, skimo e crucifixo, e possui documentos que ratificam suas palavras, os quais foram enviados à redação.

De acordo com o documento, o padre foi eleito  vigário  ebiscopal representante maior  do arcebispo Mor Angel Enersto Moran Vidal no Brasil.

Com informações do programa Subaé Notícias (rádio Subaé).

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