No seu primeiro discurso de 2024, o Papa Francisco demonstrou apreensão em relação às prisões de padres e de um bispo pelo regime de Daniel Ortega, o ditador da Nicarágua. O governo nicaraguense expulsou 220 religiosos vinculados à Igreja Católica e intensificou uma nova onda de detenções e restrições às manifestações religiosas nas últimas semanas.
“Convido a todos vocês aqui presentes e a todo o povo de Deus a uma oração insistente, enquanto espero que busquemos sempre o caminho do diálogo para superar as dificuldades. Oremos hoje pela Nicarágua”, afirmou o Papa.
O líder católico referiu-se aos recentes acontecimentos, quando pelo menos 14 padres foram sequestrados. Entre os novos religiosos detidos estão Carlos Aviles e Hector Treminio, levados à prisão no sábado (30). Aviles, que desempenha o papel de segundo clérigo mais graduado na Arquidiocese de Manágua, e Treminio, o tesoureiro, foram detidos por fazerem preces públicas em favor do bispo Rolando Alvarez, que estava preso, conforme informações do Christian Post.
Rolando Alvarez, conhecido por sua postura crítica em relação ao governo de Daniel Ortega, foi condenado em fevereiro de 2022 a uma pena de 26 anos de prisão por traição.
O bispo nicaraguense Silvio Baez, atualmente exilado na Flórida, instou à libertação imediata dos padres detidos.
Com essas novas prisões, eleva-se para nove o número de padres, bispos e seminaristas católicos que foram detidos pela ditadura nicaraguense.
Com informações da Gazeta do Povo e Pleno News
