Pastor alerta sobre falsas doutrinas: “Atrai pessoas com facilidade, mas não as prende”

Hoje em dia pode-se ver igrejas lotadas de membros. A quantidade parece ir bem, mas e a qualidade? Uma pesquisa do IBGE, de 2016, revelou que cerca de quatro milhões de brasileiros que se declaram evangélicos deixaram de manter vínculo com a crença e de pertencer a uma denominação. O que será que tem causado esse fenômeno? Para versar sobre o assunto, os pastores Hermes Caires e Sóstenes Pedrosa.

 

Para Hermes, a Igreja evangélica no Brasil saltou de um extremo para outro. “A igreja talvez era bastante legalista, viu que estava sendo muito rígida e foi para o outro extremo, o da negligência, onde ser evangélico pode ser qualquer coisa. Pegando essa vibe a gente vai ter o crescimento de igrejas que na verdade são contestadas por alguns teólogos”, comentou.

 

“Eu não quero citar algumas marcas, mas são realmente marcas, que não são consideradas evangélicas, não estão sobre os pilares evangélicos. Tem desvios de fé, desvios de mediação. É o copo de água, a rosa ungida. Essas pessoas não estão sendo inseridas no Evangelho de verdade. O que que acontece, existe uma mudança de cultura também, porque dizer que é evangélico não é mais vergonhoso”, disse.

 

A Igreja mudou totalmente

 

Sóstenes Pedrosa complementa. “Se nós observarmos, depois de dois mil anos a Igreja mudou totalmente. É mais um período de auto-ajuda do que doutrina bíblica. A essência do que é o verdadeiro Evangelho mudou, porque é mais fácil eu ir para uma igreja que vai satisfazer o meu ego”.

 

Cássio Miranda, o apresentador, contribui. “Não tem mais que pagar o preço para seguir a Cristo. Hoje em dia se mudou o Evangelho. Desde o início Jesus falou que teríamos de pagar o preço. Esse Evangelho durou dois mil anos e a partir desse momento a igreja alargou a porta, virou entretenimento, auto-ajuda”, disse.

 

Atrair pessoas

 

O pastor Hermes Caires ainda ressalta: “O discurso que a gente percebe com esse tipo de diálogo é que atrai as pessoas com maior facilidade, mas não consegue prender elas, no sentido positivo. Mas, prender elas no verdadeiro Evangelho. Porque quando a pessoa vem (para a igreja), deve-se existir uma mensagem de arrependimento, de co-responsabilidade”, acredita.

 

“Não tem mais essa cooperação. Quando essa pessoa não se sente co-responsável, ela vai e experimenta. Quando para de servir seus próprios interesses, quando não é mais abençoador, essa pessoa se afasta ou procura em vários outros lugares. Só que chega um momento em que ela acaba se acostumando e desiste da fé”, pontuou.

 

GUIAME

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