Pastores rebatem ataques do presidente francês a Bolsonaro no caso da Amazônia

A polêmica em torno das queimadas na Amazônia ocupou o noticiário nacional e internacional nos últimos dias, com o presidente francês Emmanuel Macron instigando um boicote ao Brasil como forma de pressionar o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

 

No meio evangélico, líderes de diferentes denominações opinaram sobre o tema, destacando que a França, assim como a maioria dos países desenvolvidos, não é modelo a ser seguido no que se refere a preservação do meio ambiente.

 

Silas Malafaia, pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), voltou a denunciar a postura da imprensa no episódio, pontuando que falta imparcialidade e contextualização nas reportagens.

 

“Só pode ser piada! Macron é um dos presidentes mais impopulares da história da França, com 75% de desaprovação. Seu ministro do Meio Ambiente pediu demissão do cargo por sua política de meio ambiente. A imprensa brasileira dando voz a esse sujeito. Vergonha!”, escreveu o pastor no Twitter.

 

Outro que se manifestou sobre o tema foi Josué Valandro Jr., pastor da Igreja Batista Atitude, onde a primeira-dama Michelle Bolsonaro é membro. No Instagram, o líder evangélico afirmou em vídeo que os jornalistas têm se prestado a dar “munição para os órgãos internacionais terem uma desculpa esfarrapada para tentar lesar o que é nosso e tomar a nossa terra”, expressando preocupação com a possibilidade de uma mobilização, chancelada pela ONU, para ocupação da floresta.

 

O pastor Marco Feliciano (PODE-SP) dirigiu-se a Macron para expressar sua indignação com a intromissão nos assuntos internos do Brasil” “Depois de 4 séculos da mais odiosa escravidão e do mais brutal colonialismo que até hoje se conheceu, onde a Legião Estrangeira matava negros como moscas e os franceses devastavam a natureza para ficarem ricos, o neocolonizador Emmanuel Macron quer dar pito nos brasileiros!”.

 

“Depois de 30 anos de entreguismo, onde europeus rapinaram nossos mais valiosos minerais e biodiversidade ficando multibilionários, sem gerar nenhum emprego no Brasil, agora se rebelam contra o PR [presidente da República Jair Bolsonaro, pois ele quer usar a riqueza da Amazônia para os brasileiros!”, acrescentou Feliciano.

 

Em um terceiro tweet sobre o tema, Feliciano foi além: “Emmanuel Macron está trocando as bolas! O Brasil não é uma colônia francesa como a Guiana (o politicamente correto presidente francês lidera uma nação que ainda tem uma colônia em pleno século XXI). O Brasil se libertou da colonização francesa em 1594!”, contextualizou.

 

Reviravolta

 

A sugestão de boicote ao Brasil, com a indicação de veto ao acordo de livre comércio entre União Européia e Mercosul, feita por Macron sofreu uma reviravolta no último domingo, durante reunião do G7, grupo de países mais ricos do mundo.

 

A chanceler alemã Angela Merkel disse a Emmanuel Macron que pretende ligar para Jair Bolsonaro nos próximos dias para evitar “a impressão de que estamos trabalhando contra ele”. O primeiro-ministro britânico Boris Johnson, que também estava na mesa, concordou com Merkel: “Sim, acho que isso é importante”, deixando o presidente francês isolado na questão.

 
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