Pesquisa revela que jovens preferem namorar por aplicativos de mensagem

10418402_10152453655075977_6684907464914658091_nA era dos smartphones com aplicativos de mensagens deixou para trás a cena dos casais que disputavam para ver quem desligava o telefone primeiro. Em 2014, as novas gerações apostam no uso de apps como Viber, WhatsApp, Snapchat e Telegram para se comunicar até com os namorados.

 

Uma pesquisa recente da consultoria Gartner, divulgada pelo Viber (rival do WhatsApp), revelou que 78% dos jovens entre 14 e 21 anos preferem manter contas em aplicativos de mensagem para estreitar a comunicação com pessoas mais íntimas, ao invés de fazer isso pelas redes sociais.

 

A mudança do ambiente no qual ocorre essa interação atingiu principalmente jovens e adolescentes nativos digitais, que não desgrudam de seus smartphones. As facilidades de comunicação via aplicativos também influenciam na decisão de compra destes jovens, que buscam smartphones compatíveis com as funções oferecidas pelos apps. A privacidade é o ponto que impulsiona o uso de mensageiros entre os casais mais jovens.

 

É o caso do estudante de Jornalismo, Felipe Lins, de 21 anos, que utiliza o WhatsApp para se comunicar com a namorada ao longo do dia. “O bom do app é que as conversas só vão poder ser acessadas nos nossos smartphones. Mesmo que ela esqueça a conta logada, ninguém vai saber o que a gente estava conversando”, afirma.

 

O jovem diz que as inúmeras atividades diárias acabam levando-o a utilizar mais aplicativos de mensagem via celular do que redes sociais e ligações telefônicas.
Os apps também passaram a ser opção de contato para casais que namoram à distância. A estudante de Relações Internacionais, Quézia Carvalho, mora em Belém e o namorado, Gustavo Morais, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalha em uma plataforma de petróleo. Quando Gustavo está no continente, o casal costuma trocar inúmeras mensagens diárias pelo celular.

 

Redes sociais como Facebook só fazem parte da comunicação quando o jovem de 26 anos está em alto mar e não há sinal para o smartphone. “O aplicativo favorece a privacidade. Conversamos diretamente e não precisa todo mundo saber que estamos com saudade um do outro”, diz.

 

Namorados há mais de quatro anos, Quézia e Gustavo também apostaram nos apps quando o rapaz passou uma temporada a trabalho na Inglaterra no ano passado. “Usamos bastante o Viber quando ele estava na Inglaterra. Não custa nada e é uma ferramenta prática com respostas rápidas, o que é um atrativo”, conta.

 

Segundo a estudante, o uso de aplicativos torna o dia a dia do casal mais próximo. “Posso mostrar o que estou fazendo naquela hora e enviar uma foto”, exemplifica.
Além de ajudar a fortalecer relacionamentos já estabelecidos, o uso dos aplicativos de mensagem por celular ajudou a formar um casal. A estudante de Jornalismo, Tâmella Almeida, diz que a constante troca de mensagens foi decisiva para que ela se interessasse pelo rapaz que hoje é seu namorado.

 

“Eu já o conhecia pessoalmente, mas antes de namorar nos falávamos muito pelo WhatsApp porque temos uma rotina diferente. Ele trabalha à noite e eu pela manhã, só temos as tardes para conversar e o aplicativo ajudou nisso”, relembra.

 

A jovem também cita a privacidade da conversa a dois como vantagem sobre as redes sociais. “É bem melhor escrever só para ele do que ir no mural e escrever algo que todo mundo vai ler e curtir”, pondera.

DR virtual

Além do namoro, também há espaço para as famosas DRs, ou seja, discutir a relação. Como ficam as brigas de casal em meio a um relacionamento que acontece em parte pelo smartphone? Felipe conta que os atritos tendem a ser resolvidos na própria janela de conversa. Quando a briga demanda a escrita de mensagens longas, o rapaz recorre a gravação e envio de áudio pelo aplicativo.

 

Tâmella e Quézia também utilizam esse recurso quando a conversa precisa ser mais extensa. Telefonar só em penúltimo caso: “Se não rolar, dou um tempo e espero para conversar pessoalmente”, finaliza Felipe.

 

As informações são do TechTudo.

OUTRAS NOTÍCIAS