Pesquisadores cristãos dizem que ajuda feminina é essencial para que homens vençam o vício em pornografia

pornografiaOs pesquisadores Shaunti Feldhahn e Craig Gross, fundadores do ministério XXXChurch, chegaram à conclusão de que o vício em pornografia entre os homens cristãos é resultado da falta de apoio de suas mulheres.

 

Feldhahn e Gross dedicaram anos às pesquisas e também a aconselhamentos de casais, e agora, estão lançando um livro que aborda o tema. Em “Through a Man’s Eyes: Helping Women Understand the Visual Nature of Men” (“Através do Olhar Masculino: Ajudando as Mulheres a Entenderem a Natureza Visual dos Homens”, em tradução livre), a dupla revela às leitoras como homens e meninos olham para o mundo, incluindo todos os desafios cotidianos que homens enfrentam e que muitas vezes não falam sobre.

 

De acordo com os autores, se um homem simplesmente segue seus instintos em uma cultura sexualizada, ele vai terminar lutando com a pornografia. E é por isso que as mulheres precisam estar cientes de como agir, para ajudar seus companheiros a driblar as circunstâncias que levam ao vício.

 

Feldhahan afirma que hoje o problema é tão sério que as igrejas possuem grupos de aconselhamento, já que a internet popularizou de forma agressiva a pornografia: “Vinte anos atrás, ninguém falava sobre essas coisas na igreja. Hoje, felizmente, temos chegado ao ponto que enfrenta-se o assunto diretamente. Temos grupos de homens com terapeutas especializados”.

 

Para o pesquisador, muitas igrejas investem em ministérios nessa área, porém esse trabalho apenas já não é suficiente: “Essas tentações visuais ainda estão lá fora, mesmo na igreja. E o uso da pornografia no mercado global continua a crescer, até o ponto em que uma a cada cinco buscas em dispositivos móveis é para material pornô. Na igreja, embora estes ministérios certamente impactam vidas individuais, esta questão continua a ser um problema. Machuca um grande número de vidas e casamentos. Nós ainda não vimos a mudança sistêmica que todos nós queremos ver”, lamentou.

 

Já Gross lembra do começo do ministério XXXChurch e destaca que o hoje elogiado trabalho feito por eles, no início era algo visto como supérfluo: “Em 2002 a igreja não estava pronta para tudo isso. Levou três anos até que a nossa primeira igreja reservasse um domingo de manhã nos recebesse para falarmos sobre esta questão”, recordou.

 

Sobre a parte que as mulheres não compreendem, Feldhahn explicou que isso é resultado de sua própria natureza, e também da falta de informação: “Em geral, as mulheres são em grande parte inconscientes do que os homens são confrontados a cada dia com esta cultura. Porque estamos ligados de forma diferente, não nos damos conta de que, quando um homem vê uma mulher que está vestindo-se para chamar a atenção, cria-se uma estimulação sexual instantânea e tentação em seu cérebro. Mesmo que ele não queira que isso aconteça!”, afirmou.

 

O esforço masculino para evitar os pensamentos sexuais não são pequenos, de acordo com o pesquisador: “Muitos homens fazem escolhas rigorosas a cada dia para viver e manter esses pensamentos em cativeiro. Eles lutam para esfriar a tentação de olhar, e para deixar os seus pensamentos fora das direções sexuais. Mas outros homens ficaram bastante cansados ??da luta e fizeram más escolhas. E eles sentem vergonha que eles estão presos, estão escondendo isso e não sabem como se libertar”, resumiu.

 

“Alguns homens não falar sobre isso com outros caras. Mas neste livro, nós compartilhamos com as mulheres que a única maneira de fazer um homem estar disposto a falar sobre o assunto com sua esposa, é se for seguro. E ele só vai se sentir seguro se ela puder falar sobre isso com ele, sem pânico. Mas agora muitos homens acreditam que suas esposas vão surtar, e por isso, ficam em silêncio. Então eles ficam presos. Não estou culpando as mulheres por isso. O cara deve estar disposto a se abrir para outros caras. Mas, muitas vezes, sua esposa é a única pessoa que ele compartilha com seu coração. Assim, na prática, este torna-se a uma área que ele não conversa com ninguém”, diagnosticou Gross.

 

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