Polícia interrompe culto online da Assembleia de Deus

Luciana Novaes
Guia-me

Uma igreja evangélica em Curitiba (PR) teve que interromper a transmissão de um culto online neste domingo (12) após a chegada de 9 viaturas policiais e um caminhão guincho.

A ação foi feita por policiais militares, guarda municipal e membros da Superintendência de Trânsito (Setran) após uma denúncia anônima de aglomeração de pessoas na Assembleia de Deus Ministério de Madureira em Curitiba.

No momento da chegada dos policiais, no entanto, a Assembleia de Deus estava transmitindo um culto online com a presença do pastor e integrantes do grupo de louvor, respeitando as normas do Ministério da Saúde para o funcionamento de igrejas.

“Como se vê, estamos realizando o culto online, respeitando as diretrizes do decreto municipal e estadual, mas infelizmente é esse o momento em que estamos vivendo”, lamentou o pastor Davi Secundo de Souza em vídeo.

“Não sei até onde vai isso, mas tenho certeza que Deus dará uma resposta de paz à nossa sociedade e à Igreja, ou continuará estendendo Sua mão e deixando as pestes virem sobre esse mundo, porque só assim, infelizmente, alguns reconhecerão que só Deus é o Senhor”, o pastor acrescentou.

O pastor Davi Secundo informou ainda que, não havendo irregularidades no templo, os policiais “ameaçaram multar os veículos estacionados em frente à igreja”.

Secundo também lamentou a motivação da inspeção policial, que não foram até lá para “parabenizar a Igreja pelo excelente trabalho desenvolvido no atendimento dos menos favorecidos” ou “por ter uma confusão entre os irmãos”.

“A razão é porque somos a Igreja de Cristo e, como tal, incomoda sensivelmente aqueles que não concordam com sua existência”, disse o pastor. “Um desperdício de contingente e dinheiro para um local que não representa qualquer ameaça, ao contrário, é parceira do Estado Brasileiro”.

Diante da situação, o pastor da Assembleia de Deus pediu orações pelas autoridades, pelo presidente Jair Bolsonaro, pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior e pelo prefeito de Curitiba, Rafael Greca. “O dono da obra, o Senhor Jesus, cuida dela, zela por ela e vê tudo”, alertou Secundo.

A ação policial foi criticada nesta segunda-feira (13) pela psicóloga Marisa lobo, especialista em Direitos Humanos. “A igreja não é um fator de risco, igreja é serviço essencial”, destacou em vídeo publicado nas redes sociais.

“Independente do que está acontecendo a nível político, a igreja é sagrada, é inviolável o direito de culto, é inconstitucional simplesmente entrar em uma igreja cheio de policiais e fechar as portas”, comentou.

Fonte: Guia-me

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